terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vídeos raros das crônicas das guerras espirituais durante o período de carnaval em 2009.

http://www.youtube.com/watch?v=SNOaV4EySlQ

http://www.youtube.com/watch?v=Eit7g8NC0ek

Apologia do cristianismo bíblico

O grego bíblico e a desintegração da heresia unitarista.
Lemos em Jo 10.30 no original grego do Novo Testamento:

ego kai ho patér hen esmen. (texto grego transliterado para o português)
eu e o Pai um somos. (tradução)

Há no texto grego desse versículo uma informação de grande valia para o estabelecimento da doutrina da Trindade. É que o numeral “um” [HEN] está no gênero neutro. Em grego, assim como na língua inglesa, existiam três gêneros, o masculino, o feminino e o neutro. O masculino era usado para palavras de gênero masculino, o feminino para palavras femininas e o neutro para palavras que não tinha gênero definido. Só que diferente do inglês, o grego possuía os três gêneros para conceitos diferentes ou ideias em que o sexo se era macho ou fêmea não estava em questão. No caso do numeral um usado no neutro usado em Jo 10.30 fica claro que Jesus ao dizer que Ele e o Pai eram um estava afirmando que os dois tinham uma unidade numérica, e não uma unidade pessoal, que no caso, deveria então se dito que Ele e o Pai seriam UMA pessoa, e para isso o numeral a ser utilizado seria o vocábulo grego MIA (uma). Caso Jesus afirmasse que Ele e o Pai eram “um” com o artigo grego masculino (Heis em grego), Ele estaria abrindo espaço para se dizer que haveria mais de um Deus, negando o monoteísmo bíblico, que afirma existir apena um único Deus, apoiando assim o ensino das Testemunhas de Jeová, que acreditam que Jesus era Deus, mas um Deus diferente da divindade do Pai eterno, que é mais poderosa, segundo elas. Mas Jesus usou o gênero neutro em grego para o numeral impossibilitando as duas heresias (a das Testemunhas de Jeová e a dos unitaristas) e confirmando a doutrina bíblica da Trindade. Assim, com este versículo “Sansão” as colunas da negação da Trindade vão por terra. Que os unitaristas e as testemunhas de Jeová se conscientizem que estão se apegando a um galho seco, sem o menor apoio bíblico. Ou aceitam a declaração simples de Jesus ou arquem com a responsabilidade eterna de não estarem no cristianismo bíblico proposto pelo seu Criador, Jesus Cristo, a segunda pessoa da Trindade Santa. Ah, peçam perdão do engano e lutem para que seus amigos saiam da mentira do diabo feita contra a verdade trinitariana.

Luiz Sousa em Cristo eternamente!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A fé da ciência

A fé da ciência.

A ciência, como sempre escutamos falar, é a mais confiável forma de conhecimento sobre o mundo porque se baseia em hipóteses passíveis de comprovação. A religião, por outro lado, baseia-se na fé. A figura do apóstolo Tomé, o Dídimo (Jo 20.24-27), ilustra muito bem a diferença. Na ciência, um ceticismo saudável é requisito profissional; na religião, crer sem ter provas é considerado virtude, e biblicamente é a própria definição de fé (Hb 11.1).
O problema dessa nítida separação entre “domínios do conhecimento que não se justapõem”, como Stephen Jay Gould descreveu a ciência e a religião, é que a ciência possui-o seu próprio sistema de crenças baseado também na fé. Toda ciência funciona a partir da suposição de que a natureza é organizada de uma maneira racional e inteligílvel. Você jamais poderia ser um cientista se achasse que o Universo é uma consusão de fragmentos sem sentido onde se acha de tudo um pouco, frações ou pedaços de coisas mil justapostas ao acaso. Quando físicos sondam um nível mais profundo da estrutura subatômica ou astrônomos ampliam o alcance de seus instrumentos, eles esperam encontrar uma nova e coesa ordem matemática. E, até agora, essa fé foi convincente.
A mais refinada expressão de inteligibilidade racional do cosmos se encontram nas leis da física, as regras fundamentais segundo as quais a natureza funciona. As leis da gravidade e do eletromagnetismo, as leis que regem o Universo dentro do átomo, as leis da mecânica, todas são expressas por detalhadas relações matemáticas. Mas faço a perguntinha que os crentes calados e respeitosos dessas ciências não conseguem formular por uma reverência ridícula a mundo científico: MAS DE ONDE VÊM ESSAS LEIS? E POR QUE SÃO DESCRITAS DESTA FORMA?
No meu tempo de estudante, e olha que eu era bom, as leis da física eram consideradas como algo completamente intocável. Mas eu nunca fui respeitoso pela ciência. Sempre fui um inquiridor e formulador de minhas próprias opiniões. Sempre achei que a luz é instantânea e que não viaja pelo espaço a uma enorme velocidade que os cientistas parecem medir tão bem em números redondos. Aceitar a medida da velocidade da luz como certa e firme para mim é idiotice. Ousei até mudar a fórmula de Einstein em vez de e=m.c2 (energia igual a massa multiplicada a velocidade da luz ao quadrado), eu estabeleci e=m.t (energia igual a massa multiplicada ao tempo). É lamentável eu ver hoje os cristãos de joelhos ante as ciências. Os cientistas costumam dizer que o trabalho deles é descobrir as leis e aplicá-las, não questionar sua origem. E os crentes parecem acreditar piamente nisso! Os cientistas dão a entender que as leis são tratadas como “pressupostos, impressas no Universo como um marca do “criador” no momento do nascimento cósmicos, e imutáveis para sempre. Portanto, para ser um cientista, é preciso ter fé na ideia de que o Universo é regido por leis matemáticas, fidedignas, imutáveis, absolutas e universais, de origem não especificada. É preciso ACREDITAR que essas leis não falham, que não acordaríamos num belo dia e descobriríamos o calor em fluxo do frio para o quente, o u a velocidade da luz mudando de hora em hora.
O físico Paul Davies do New York Times, diretor do Beyond, centro de pesquisa da Arizona State University, e autor do livro “Cosmic Jackpot: Why our Universe Is Just Right for Life”, diz que sempre perguntou diversas vezes a seus amigos físicos “Por que as leis da física são o que são?”, e segundo ele, as respostas de seus colegas variam de “essa não é um pergunta científica” até “ninguém sabe”. Mas a favorita, segundo ele, era “não há motivo para eles serem o que são. Elas simplesmente são!”. A ideia que as leis existem irracionalmente é profundamente ANTIRRACIONAL. Afinal de contas, a própria essência da explicação científica de alguns fenômenos é que o mundo é organizado de maneira lógica e existem motivos para as coisas serem como são. Se alguém, contudo, seguir as pistas desses motivos em todo o percurso até o fundamento da realidade, as leis da física, somente para descobrir que a razão naquele ponto nos abandonou, isso seria zombar da ciência. Mas é assim que as coisas são. Os cientistas se sentam nas cadeiras dos lógicos, dos pesquisadores, dos sérios, dos incontestáveis, dos dignos de fé e credibilidade, mas são tão crentes do que eu e você (que os venera) no âmago das suas matérias. Para mim a ciência é boba! Nenhuma explicação que me derem sobre o que faz a lua orbitar linda pelo planeta Terra será superior o mágico deslumbramento de vê-la ao redor das estrelas numa noite na varanda com meus filhos, eu tentando convencê-los de que uma ali específica é a minha, que Abraão contou a cerca de 5 mil anos atrás (lágrimas).
Parem de venerar a ciência, cristãos burros! Venerem a Bíblia! Esses bobões não sabem de nada! São uns tolos, que terão de se encontrar com o meu Deus um dia. Todos dias, eles mudam de opinião, são folhas guiadas pelos ventos da falsa ciência, que tenta a todo custo descobrir o que não se pode através de nossas infinitas mentes, com lógica aristotélica ilógica.
Como Tertuliano, eu detesto filosofia e acho os crentes que estudam filosofia uns idiotas, que não conseguem pensar por si mesmos. Mas tudo bem, agosto para tudo. Alguém já me criticou por me valer muito de mitologias. Mas para os que veneram a ciência moderna, a biologia e a física eu sequer classifico. Estão abaixo da mais ignóbil crítica para mim. E eu costumo os mandar “plantar batatas!” dando a eles ouvidos de mercador ‘surdo-mudo-e-cego’!

Luiz Sousa em Cristo eternamente!

domingo, 20 de dezembro de 2009

As crônicas das guerras espirituais de 19.12.09

As crônicas das guerras espirituais de 19.12.09
A ida ao Mirante do Mucuripe
O dia 19.12.09 foi um dia cheio para mim. Ao meio-dia fui de bicicleta até a Praça do Ferreira para a cruzada da AMEC (Associação Moriá de Educação Cristã). Por conta da pregação marcada para o dia 26.12.09, o irmão André Giordânio, diretor da AMEC, resolveu marcar o dia da cruzada para esta data, para não atrapalhar esse evento da Batista Moriá. Talvez por conta dessa alteração seja que apenas eu e o André comparecemos na cruzada. O que mais ainda exigiu de mim, fiz três pregações na praça, uma mais intensa e poderosa que a outra, para a glória de Deus! Sempre que prego, eu me sinto esgotado, já que ao pregar eu dou tudo de mim. Sempre prego como se fosse a última vez, e pregar três vezes de modo intenso e profético foi exaustivo. Houve um registro dessas pregações por uma rede de TV, que fazia imagens da praça nesse dia, véspera do feriado natalino.
Depois das pregações fui para a capela da igreja batista moriá na Piedade para ministrar mais uma aula do CETHAF (Centro de Ensino THeológico Anabatista Feminino), que graças a Deus está crescendo e sendo cada vez mais abençoado. Hoje depois da aula, realizamos pregações para que as mulheres comecem a desenvolver a arte de pregar com unção e graça a palavra de Deus. Usando a minha caxinha de som amplificada, as irmãs se incentivaram e pregaram com unção e entusiasmo, na direção, dei oportunidade a quase todas as irmãs (Fátima, Tânia, Ana Luiza, Edilsa, Fransquinha, a jovem Ivanelda, a primeira do CETHAF, também cantou um hino) e foi um bênção. Depois fui para o bairro Serviluz, onde rapidamente jantei e muito cansado sai de novo de bicicleta para o bairro Mucuripe, na Varjota, para sair com o Eduardo e Nazareno para o mirante do Mucuripe para ali pregarmos a Palavra de Deus. Iríamos usar o megafone, mas ele apresentou problemas e por isso decidimos pregar só na voz nua mesmo. Deixei bicicleta na casa do Eduardo, e fomos à pé para o Mirante. Eu estava cansadíssimo, desejando dormir e descansar, mas procurei ignorar o abatimento físico e fomos indo devagar até o local. Passando pela Mucuripe e subindo o morro do Teixeira o caminho era só de subida. No final, na escadaria que liga o morro do Teixeira (ou Castelo Encantado) subimos até a Praça do Mirante, onde se tem a vista mais bela da cidade de Fortaleza.
A Praça, antes tão freqüentada por conta da vista que de lá se tem, hoje é total abandono. Os antigos restaurantes estão todos vazios e sem nem ao menos placa de aluguel. Tudo por conta da falta de segurança. O local é zona de tráfico e uso de drogas. Na Praça vazia e desolada, só havia alguns jovens desocupados olhando o tempo passar. E foi a eles que me dirige já que pregar em volta alta era inviável com o número tão reduzido de pessoas que ali havia. O certo era partimos para o evangelismo pessoal, de conversa evangelizadora.
Os jovens a quem nos dirigimos eram em todos os sentidos PERDIDOS. Todos sem frequentar a Escola, entre de 16 e 18 anos, sem a menor perspectiva de nada, mas de nada mesmo. Insistir em tentar estimularmos a voltarem para a Escola antes mesmo de falar do Evangelho, disse-lhes que minha tristeza por eles era grande e que lhes falava como se fosse meus filhos. Insisti, insisti e insisti que eles voltassem a estudar no ano que vem e depois convidamos para que visitassem a igreja. Quando o Eduardo conheceu um deles, ele demorou em identificá-lo porque ele o conheceu ainda menino, e agora era um adolescente. E pegando o gancho, o Eduardo discorreu sobre suas experiências de ex-drogado e também incentivou aos jovens a reagirem e saírem daquela situação vazia e sem sentido. Saímos dali e fomos caminhando. Observei as moças do lugar, todos adolescentes, sem modos, sem nobreza, honra, virtude ou feminilidade. Eram perdidas também em todos os sentidos. Senti-me abatido com aquilo. Elas não tinham valor para si mesmas e para ninguém. Cheias de gírias, palavreado torpe e indecente. A beleza ou formosura da juventude dava lugar ao medo e desprezo para um rapaz decente que porventura tivesse a procura de uma namorada ali. E isso também me abatia. Não me senti sequer incentivado a procurar alguma daquelas moças para conversar. Elas de cara nos tiravam o ânimo de tentar ajudá-las, e além do que o ideal era que uma moça crente estivesse ali conosco para falar com elas. Algum jovem daqueles que estivessem paquerando com aquelas coitadas também poderia nos interpretar mal e para evitar confusões não me voltei para elas.
No caminho e Eduardo viu um antigo amigo de Escola e aproveitamos para falar-lhes do Evangelho e convidá-lo para os cultos da igreja.
Desanimado, cansado e triste e já com as horas avançadas resolvemos ir embora. Enquanto íamos conversando sobre aquele estado de coisas, em como poderíamos ajudar aqueles jovens a mudarem o rumo de suas vidas me veio a palavra do Senhor: “A culpa é dos pais, que ficam assistindo a televisão, vendo novelas enquanto os filhos se perdem nas drogas e no mundo promíscuo. Foi quando parei e disse vou pregar aqui. Onde se encontra aquele versículo que fala para ensinar os filhos o caminho em que devam andar para na velhice não se desviarem dele? Perguntei ao Eduardo, enquanto já abria meu Novo Testamento gideônico a procura. Eu e o Eduardo encontramos o versículo no mesmíssimo instante: Pv 22.6. Vendo nisso a mão de Deus.
O que se seguiu foi uma das mais poderosas pregações que eu fiz nesses dias. A unção de Deus me tomou e a graça de Deus operou em mim e, apontando para as pessoas das ruas da encruzilhada em eu parei, em ousadia de profeta e na moral do próprio Deus, disse-lhes que elas eram as culpadas. Culpadas por aqueles jovens perdidos, moças sem honra, traficantes e meninos largados no caminho do inferno. Bradava: vocês são culpados! Vocês!! Onde está o amor ao próximo de vocês! Onde?! São vocês aqui do bairro que devem ajudar esses jovens, aconselhando, dando palavras de direção. Se não, a vítima serão vocês mesmos!
Meu corpo tremeu, senti meu coração estourando em batidas que quase eu parecia escutar, tamanho foi o vigor com que falei aquelas palavras que pareciam punhais afiados que entravam nos corações. Palavras de fogo que explodiam dentro das pessoas. Era a sensação que tinha ao falar.
Ao terminar a declaração do irmão Nazareno, bem comovido, resumia tudo: É isso ai!
Esta é a solução para os jovens perdidos nas drogas: Todos devem ajudar, começando pelos pais, os amigos, os vizinhos, todos numa coletividade participativa precisam a uma ajudar aos jovens a mudarem o rumo da perdição. Deus quer a união de todos para ajudar os jovens. O Evangelho em si, as palavras de pregações não são ouvidas pelos drogados. Mas o princípio do Evangelho: o amor ao próximo pode mudar a situação, é a única alternativa de que disponho para fazer alguma coisa pelos jovens drogados. Deus me deu a solução. Louvado seja Jesus Cristo.

Luiz Sousa em Cristo eternamente!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Frases Vivas de Luiz Sousa

Frases Vivas de Luiz Sousa
“A ressurreição de Cristo é tão singular que surpreendemente o diabo e os que ele usa não coseguiram dizer que outro personagem de detaque em matéria de religião também ressuscitou. É, pois, impressionante que o Islamismo não afirmou isso sobre Maomé, ou o Budismo sobre Buda, eassim sucessivamente também referente ao espiritismo, hiduísmo, etc. Os cristãos deveriam perceber a importância da ressurreição de Cristo. Não é mais pregada, não é desenvolvida ou aplicada na vida cotidiana. Sabendo que foi essa a mensagem básica da Igreja primitiva é hora de revermos nossas pregações. Foi por conta disso que trabalhei numa lição bíblica específica sobre a ressurreição dos mortos (veja em anexo)”.

Anexo:
A Ressurreição dos Mortos

Texto Bíblico Temático
“sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nEle, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem pela fé; para conhecê-lo, E O PODER DA SUA RESSURREIÇÃO e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo possa chegar à ressurreição dos mortos” (Fp 3.8-11)

Introdução
O princípio da ressurreição dos mortos é um dos pontos mais negligenciados pela Igreja. Por muito tempo esse foi o princípio fundamental que moveu a Igreja primitiva. A ênfase da Igreja primitiva era a ressurreição, por ela a bênção da justificação foi concedida (Rm 4.24). A intercessão eterna de Cristo, que é a base da salvação eterna, também foi concedida por ela (Hb 5.5-9; 7.23-25). O batismo no Espírito Santo também deriva da ressurreição de Cristo (At 2.32,33), bem como o julgamento final (At 17.30,31).
Mas muitos, à semelhança de Maria, irmã de Lázaro, julgam que os privilégios da ressurreição de Cristo se restringem apenas ao futuro (Jo 11.24,25).
Queremos nesta lição mostrar que aqueles que de fato se arrependeram e creram são pessoas espiritualmente ressuscitadas, dotadas de um poder fabuloso em seus corações que as capacitam para viver uma vida extraordinária nesse mundo.
É o despertar desse poder espiritual no genuíno crente que fará sua vida cristã ser como Deus quer, e não como a cristandade aprendeu e se acomodou em sua teologia humana e filosófica.

a) A ressurreição da carne.
A ressurreição de Cristo é o ponto chave de todo o cristianismo. É a partir dela que todo o ensino cristão ganha sentido. O apóstolo Paulo mostra muito bem isso no capítulo 15 da Primeira carta aos Coríntios.
Haverá dois tipos de ressurreição: uma para os justos, chamada de ressurreição da vida (Jo 5.29), e a outra para os ímpios, chamada de ressurreição do juízo (Jo 5.29).
Muitos questionam se será possível que de fato todos ressuscitem, já que os corpos humanos acabam por se misturarem, durante as diversas transformações da matéria. Mas devemos entender que um pequenino pó de um corpo de uma pessoa já é mais do que suficiente para que Deus ressuscite tal pessoa. Se de apenas uma célula os cientistas conseguem clonar um corpo, quanto mais não pode Aquele que do nada fez tudo!
Alguns também ensinam o batismo pelos mortos (os mórmons), uma heresia que afirma a salvação das pessoas que já morreram por meio do batismo nas águas feito por uma pessoa viva. O texto bíblico que usam para confirmar isso é 1Co 15.29, que diz: “De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles?”. Mas esse texto certamente se refere àqueles que se convertiam por verem o martírio dos cristãos, pois viam que eles criam numa futura ressurreição, já que não temiam a morte.
Segundo 1Co 15.45, o primeiro Adão tornou-se alma vivente, enquanto o último Adão, Jesus, tornou-se espírito vivificante. A expressão “espírito vivificante” significa que o Espírito de Cristo ressuscitará a semelhança de Jesus a todo aquele que verdadeiramente se arrependeu e creu em Cristo (Rm 8.9,11). O primeiro Adão, criado a semelhança de Deus recebeu uma alma imortal, mas os cristãos foram criados a imagem de Cristo (Ef 2.10), recebendo um Espírito que dia à dia nos conduz a incorruptibilidade (2Co 3.18; 4.16-5.5; Cl 3.10). Ser criado a imagem de Jesus que tinha corpo, alma e espírito nos dá a oportunidade de sermos feito semelhantes a Ele em todas essas partes. Quando o primeiro Adão foi criado à imagem de Deus, não pôde receber um corpo semelhante ao de Deus, porque Deus não possuía um corpo, era espírito, de modo que apenas recebeu um espírito que tornou sua alma imortal. Mas agora, nós recebemos um espírito à semelhança do homem Jesus ressuscitado, por isso temos a esperança da ressurreição incorruptível da carne.

b) A ressurreição espiritual.
A ressurreição de Cristo, além de nos dar a certeza do perdão dos pecados e da justificação (Rm 4.25), também ilustra o que ocorre conosco espiritualmente por um tipo de identificação ou imitação. Paulo diz em Romanos 6.3-5: “Ou, porventura, ignoreis que todos quantos são batizados em Cristo Jesus são batizados em sua morte Fomos, pois, sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a Ele na semelhança da sua morte, certamente também seremos na semelhança da sua ressurreição”. Tal verdade vemos em Ef 2.1,5, 6, onde encontramos as expressões “ressuscitar juntamente com Cristo” e “vivificar juntamente com Cristo” usadas alternadamente como sinônimas.
Quando cremos em Cristo, recebemos o perdão dos pecados, e seu Espírito vem habitar dentro dos nossos corações, transmitindo-nos a vida espiritual, a comunhão com Deus, que o Apóstolo João chama de Vida Eterna, e define como o conhecimento pessoal de Deus em Cristo (Jo 17.3). Essa comunhão com Deus é um tipo de ressurreição ou vivificação que nos garante a ressurreição da carne. Em João capítulo 6, fica claro que todo aquele que crê em Cristo tem a vida eterna e ressuscitará no último dia (40, 54), ou seja, a vida eterna ou essa comunhão com o Espírito Santo nos conduz à ressurreição final (Rm 8.11, 23; Ef 1.13). Ora, essa vida eterna é a nossa união com o Espírito de Cristo, é o que significa a expressão “em Cristo” tão comum no Novo Testamento. É exatamente nessa união com o Espírito de Cristo que temos o divino poder da vida de ressurreição para termos tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1.3), para assim, vencermos o pecado. Fomos regenerados na ressurreição de Cristo para que nos tornássemos participantes da natureza de divina, sendo por isso livres da corrupção que pela concupiscência existe no mundo (1Pe 1.3 e 2Pe 1.4). Como se pode notar, estamos diante de várias expressões semelhantes, que se entrelaçam para ficar bem claro que Cristo realmente venceu o pecado tanto nEle quanto em nós.
Toda a exortação de Colossenses capítulo 3 depende do primeiro versículo: ”Portanto se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está assentado a direita de Deus”.

c) Poder para vencer o pecado.
Romanos 8.2 declara que a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livra da lei do pecado e da morte. No capítulo anterior, o 7, Paulo diz que o homem sem o Espírito de Cristo não pode cumprir os mandamentos de Deus por causa da lei do pecado e da morte. O homem sem o Espírito é carnal e vendido ao pecado (Rm 7.14). Mas em Cristo somos livres do pecado (Jo 8.34-36), graças à presença do Espírito Santo em nós. Portanto, quem tem o Espírito de Cristo NÃO PECARÁ (2Tm 2.19-21; 1Jo 3.9). A única frase em grego que eu gosto de citar para traduzir simultaneamente é a de 1Jo 3.9:

pas ho guegueneménos ek tu Thiu harmartia u poiei (pronúncia erasmiana)
todo o que foi e é gerado de Deus pecado não pratica

A tradução mais precisa de 1Jo 3.9 seria: “todo o que nasceu (e assim é) de Deus não peca”. Não existe nada de “não vive pecando” ou “pecando habitualmente”, como querem os ministros e mestres de Satanás (2Tm 4.3). Deus quer que não pecamos (1Jo 2.1), e Jesus veio para nos dar liberdade do pecado, e não para pecar (Jo 8.11,21-44; Rm 8.2; 1Jo 3.1-6).
Existem dois textos que aparentemente criam uma discrepância bíblica com 1Jo 3.9. O primeiro é 1Jo 1.8 que diz “Se dissermos que não temos o pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. Mas nesse versículo o que João está afirmando é que a natureza pecaminosa ainda existe em nós. O engano se dá porque a expressão “não temos pecado” de algumas traduções se assemelha a uma expressão verbal, mas no original “pecado” é um substantivo, por isso a necessidade de se inserir o artigo “o” na tradução, como acima foi feito, desse modo, em vez de se ler “não temos pecado” deveria ser “não temos o pecado”, ou seja, não podemos dizer que não temos a natureza pecaminosa. No entanto, tal natureza é combatida pela nova natureza que recebemos de Deus (Rm 8.2; 1Jo 3.9).
Já o outro texto, o de 1Jo 1.10, que diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”, mas a expressão “que não temos cometido pecado” está no tempo passado. O apóstolo João está apenas lembrando que todos nós fomos pecadores, não podemos dizer que não temos cometido pecado, exatamente para nos levar a ser misericordiosos para com os demais, já que o perdão dos pecados é para todo o mundo e não apenas para nós (1Jo 2.2; Tt 3.2-5).
João é muito claro ao dizer que escrevia para que os cristãos não pecassem (1Jo 2.1). Esses textos, pois, estão sendo interpretados pela natureza pecaminosa, e não pelo Espírito Santo.

d) O espírito pronto.
Boa parte dos cristãos se encontram enganados pelo pecado. Apesar de estarem com o espírito pronto se deixam levar pela fraqueza da carne por falta de alguém que os exorte a sair desse engano para viverem a vida cristã proposta por Deus. O grande problema, como diz Hb 3.13, é que esse engano do pecado endurece o coração, obrigando a Deus a corrigi-los (Hb 12.1-7). Ter o espírito pronto é ter o Espírito de Deus dentro dele, tornando-nos verdadeiramente em Cristãos e a cada dia nos conduzindo a imagem de Cristo (2Co 3.18).
Quando Jesus falou que a carne era fraca, Ele o disse no contexto de “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). O que Cristo estava dizendo aos seus discípulos é que apesar de estarem com os espíritos preparados para receberem o Espírito Santo, a natureza pecaminosa poderia os levar a fraquejar, por isso deveriam vigiar e orar para não cair em tentação. Ora, nós agora já temos o Espírito Santo, nossos espíritos estão capacitados para sempre vencer. Portanto, devemos mortificar todo o vestígio do mal e obedecer todos os ensinos de Cristo (Cl 3.5; Tg 1.21, 22; 1Pe 2.1, 2; Mt 28.20). Vivamos em plena novidade de vida. As chances de cairmos em tentação serão mínimas se vigiarmos. Se nos livrarmos das tentações, as chances de pecar serão reduzidas à zero. Oremos para que descubramos o poder que há em nós (Ef 1.15-21).

e) Descobrindo o poder da ressurreição de Cristo.
Paulo em Ef 1.15-21 nos exorta para que oremos a Deus, a fim de que Ele nos dê a revelação do pleno conhecimento dEle, para que tenhamos iluminados os olhos da nossa mente para sabermos três coisas: Em primeiro lugar, a nossa esperança do chamamento, que é a celestial, para que a busquemos e ajamos com essa percepção celestial (Cl 3.1; Mt 6.19-21). Em segundo, qual a riqueza da sua glória da sua herança nos santos, para não nos desalentarmos nas lutas (2Co 4.16-18). E em terceiro, qual a suprema grandeza do seu poder para os que crêem, segundo a eficácia da força do seu poder, o qual exerceu Ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa nomear não só deste século, mas também do vindouro. É esse poder que temos. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo. Basta orarmos para que tomemos ciência dele e vivermos a vida cristã que Deus propôs para que vivêssemos.

f) Indo ao santo dos santos.
Um outro modo de se buscar esse poder da vida de ressurreição é pela comunhão que temos com o Espírito Santo. Todo cristão genuíno deve sempre está em contato com o Espírito Santo em seu espírito. Deus está através dEle dentro de nós. É impressionante como a grande maioria dos cristãos vive a orar como se Deus estive atrás do espaço sideral, estando a bilhões de anos luz da Terra. É comum vermos pessoas dizendo que suas orações não passaram do telhado, como se, ao orarmos, nossas orações fossem a Deus como que percorrendo um caminho até chegar a sua presença. Irmãos, nossas orações são mais para dentro do que para fora. A glória de Deus está dentro de nós. Ela não tem, como no Antigo Testamento, de vir lá do terceiro céu. Quando um culto, por exemplo, se enche da presença de Deus, podem ter certeza que isso ocorreu a partir dos nossos corações.
Precisamos exercitar esta forma de entrarmos em contato com Deus. Jesus disse em Jo 4.23:
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
E praticamente explicando esta afirmação, falando a mesma coisa em outras palavras, também disse em Jo 5.24,25:
“Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”
Adorar a Deus em espírito e em verdade é ter o Espírito Santo em nossos corações. Não precisando mais de simbolismos ou formas externas para que Deus entre em contato conosco. Deus está perto para os não-crentes para lhes dá a salvação (Rm 10.6-13), mas, para nós, Ele está mais perto de nós do que nós mesmos (Mt 28.20; Jo 14.15-20; Ef 2.13-18).
É a partir desse contato com Deus dentro de nós, que descobriremos o poder da vida de ressurreição. Portanto, sigamos a exortação de Paulo: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10). De nada adianta tomarmos toda a armadura de Deus, se não estivermos fortalecidos dentro dela (Ef 6.10-17).
Expressões como “andar no Espírito” (Gl 5.16) ou “renovar no espírito da mente” (Ef 4.23) significam se conscientizar da presença do Espírito Santo em nós. Só viveremos em plena santidade se mortificarmos o pecado pelo Espírito Santo em nós (Rm 8.13), para isso basta sermos guiados por Ele (Rm 8.14), que seria estarmos acordados, em “contato” com a comunhão do Espírito Santo, desfrutando dessa comunhão.

Conclusão
A ressurreição dos mortos é a base do cristianismo, assim como a prova de que o pecado estava no mundo antes da lei de Moisés era a morte (Rm 5.13, 14), a ressurreição de Cristo é a prova da remissão dos pecados (Rm 4.25).

Frases Vivas de Luiz Sousa

Frases Vivas de Luiz Sousa
“A ressurreição de Cristo é tão singular que surpreendemente o diabo e os que ele usa não coseguiram dizer que outro personagem de detaque em matéria de religião também ressuscitou. É, pois, impressionante que o Islamismo não afirmou isso sobre Maomé, ou o Budismo sobre Buda, eassim sucessivamente também referente ao espiritismo, hiduísmo, etc. Os cristãos deveriam perceber a importância da ressurreição de Cristo. Não é mais pregada, não é desenvolvida ou aplicada na vida cotidiana. Sabendo que foi essa a mensagem básica da Igreja primitiva é hora de revermos nossas pregações. Foi por conta disso que trabalhei numa lição bíblica específica sobre a ressurreição dos mortos (veja em anexo)”.

Anexo:
A Ressurreição dos Mortos

Texto Bíblico Temático
“sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nEle, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem pela fé; para conhecê-lo, E O PODER DA SUA RESSURREIÇÃO e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo possa chegar à ressurreição dos mortos” (Fp 3.8-11)

Introdução
O princípio da ressurreição dos mortos é um dos pontos mais negligenciados pela Igreja. Por muito tempo esse foi o princípio fundamental que moveu a Igreja primitiva. A ênfase da Igreja primitiva era a ressurreição, por ela a bênção da justificação foi concedida (Rm 4.24). A intercessão eterna de Cristo, que é a base da salvação eterna, também foi concedida por ela (Hb 5.5-9; 7.23-25). O batismo no Espírito Santo também deriva da ressurreição de Cristo (At 2.32,33), bem como o julgamento final (At 17.30,31).
Mas muitos, à semelhança de Maria, irmã de Lázaro, julgam que os privilégios da ressurreição de Cristo se restringem apenas ao futuro (Jo 11.24,25).
Queremos nesta lição mostrar que aqueles que de fato se arrependeram e creram são pessoas espiritualmente ressuscitadas, dotadas de um poder fabuloso em seus corações que as capacitam para viver uma vida extraordinária nesse mundo.
É o despertar desse poder espiritual no genuíno crente que fará sua vida cristã ser como Deus quer, e não como a cristandade aprendeu e se acomodou em sua teologia humana e filosófica.

a) A ressurreição da carne.
A ressurreição de Cristo é o ponto chave de todo o cristianismo. É a partir dela que todo o ensino cristão ganha sentido. O apóstolo Paulo mostra muito bem isso no capítulo 15 da Primeira carta aos Coríntios.
Haverá dois tipos de ressurreição: uma para os justos, chamada de ressurreição da vida (Jo 5.29), e a outra para os ímpios, chamada de ressurreição do juízo (Jo 5.29).
Muitos questionam se será possível que de fato todos ressuscitem, já que os corpos humanos acabam por se misturarem, durante as diversas transformações da matéria. Mas devemos entender que um pequenino pó de um corpo de uma pessoa já é mais do que suficiente para que Deus ressuscite tal pessoa. Se de apenas uma célula os cientistas conseguem clonar um corpo, quanto mais não pode Aquele que do nada fez tudo!
Alguns também ensinam o batismo pelos mortos (os mórmons), uma heresia que afirma a salvação das pessoas que já morreram por meio do batismo nas águas feito por uma pessoa viva. O texto bíblico que usam para confirmar isso é 1Co 15.29, que diz: “De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles?”. Mas esse texto certamente se refere àqueles que se convertiam por verem o martírio dos cristãos, pois viam que eles criam numa futura ressurreição, já que não temiam a morte.
Segundo 1Co 15.45, o primeiro Adão tornou-se alma vivente, enquanto o último Adão, Jesus, tornou-se espírito vivificante. A expressão “espírito vivificante” significa que o Espírito de Cristo ressuscitará a semelhança de Jesus a todo aquele que verdadeiramente se arrependeu e creu em Cristo (Rm 8.9,11). O primeiro Adão, criado a semelhança de Deus recebeu uma alma imortal, mas os cristãos foram criados a imagem de Cristo (Ef 2.10), recebendo um Espírito que dia à dia nos conduz a incorruptibilidade (2Co 3.18; 4.16-5.5; Cl 3.10). Ser criado a imagem de Jesus que tinha corpo, alma e espírito nos dá a oportunidade de sermos feito semelhantes a Ele em todas essas partes. Quando o primeiro Adão foi criado à imagem de Deus, não pôde receber um corpo semelhante ao de Deus, porque Deus não possuía um corpo, era espírito, de modo que apenas recebeu um espírito que tornou sua alma imortal. Mas agora, nós recebemos um espírito à semelhança do homem Jesus ressuscitado, por isso temos a esperança da ressurreição incorruptível da carne.

b) A ressurreição espiritual.
A ressurreição de Cristo, além de nos dar a certeza do perdão dos pecados e da justificação (Rm 4.25), também ilustra o que ocorre conosco espiritualmente por um tipo de identificação ou imitação. Paulo diz em Romanos 6.3-5: “Ou, porventura, ignoreis que todos quantos são batizados em Cristo Jesus são batizados em sua morte Fomos, pois, sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a Ele na semelhança da sua morte, certamente também seremos na semelhança da sua ressurreição”. Tal verdade vemos em Ef 2.1,5, 6, onde encontramos as expressões “ressuscitar juntamente com Cristo” e “vivificar juntamente com Cristo” usadas alternadamente como sinônimas.
Quando cremos em Cristo, recebemos o perdão dos pecados, e seu Espírito vem habitar dentro dos nossos corações, transmitindo-nos a vida espiritual, a comunhão com Deus, que o Apóstolo João chama de Vida Eterna, e define como o conhecimento pessoal de Deus em Cristo (Jo 17.3). Essa comunhão com Deus é um tipo de ressurreição ou vivificação que nos garante a ressurreição da carne. Em João capítulo 6, fica claro que todo aquele que crê em Cristo tem a vida eterna e ressuscitará no último dia (40, 54), ou seja, a vida eterna ou essa comunhão com o Espírito Santo nos conduz à ressurreição final (Rm 8.11, 23; Ef 1.13). Ora, essa vida eterna é a nossa união com o Espírito de Cristo, é o que significa a expressão “em Cristo” tão comum no Novo Testamento. É exatamente nessa união com o Espírito de Cristo que temos o divino poder da vida de ressurreição para termos tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1.3), para assim, vencermos o pecado. Fomos regenerados na ressurreição de Cristo para que nos tornássemos participantes da natureza de divina, sendo por isso livres da corrupção que pela concupiscência existe no mundo (1Pe 1.3 e 2Pe 1.4). Como se pode notar, estamos diante de várias expressões semelhantes, que se entrelaçam para ficar bem claro que Cristo realmente venceu o pecado tanto nEle quanto em nós.
Toda a exortação de Colossenses capítulo 3 depende do primeiro versículo: ”Portanto se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está assentado a direita de Deus”.

c) Poder para vencer o pecado.
Romanos 8.2 declara que a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livra da lei do pecado e da morte. No capítulo anterior, o 7, Paulo diz que o homem sem o Espírito de Cristo não pode cumprir os mandamentos de Deus por causa da lei do pecado e da morte. O homem sem o Espírito é carnal e vendido ao pecado (Rm 7.14). Mas em Cristo somos livres do pecado (Jo 8.34-36), graças à presença do Espírito Santo em nós. Portanto, quem tem o Espírito de Cristo NÃO PECARÁ (2Tm 2.19-21; 1Jo 3.9). A única frase em grego que eu gosto de citar para traduzir simultaneamente é a de 1Jo 3.9:

pas ho guegueneménos ek tu Thiu harmartia u poiei (pronúncia erasmiana)
todo o que foi e é gerado de Deus pecado não pratica

A tradução mais precisa de 1Jo 3.9 seria: “todo o que nasceu (e assim é) de Deus não peca”. Não existe nada de “não vive pecando” ou “pecando habitualmente”, como querem os ministros e mestres de Satanás (2Tm 4.3). Deus quer que não pecamos (1Jo 2.1), e Jesus veio para nos dar liberdade do pecado, e não para pecar (Jo 8.11,21-44; Rm 8.2; 1Jo 3.1-6).
Existem dois textos que aparentemente criam uma discrepância bíblica com 1Jo 3.9. O primeiro é 1Jo 1.8 que diz “Se dissermos que não temos o pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. Mas nesse versículo o que João está afirmando é que a natureza pecaminosa ainda existe em nós. O engano se dá porque a expressão “não temos pecado” de algumas traduções se assemelha a uma expressão verbal, mas no original “pecado” é um substantivo, por isso a necessidade de se inserir o artigo “o” na tradução, como acima foi feito, desse modo, em vez de se ler “não temos pecado” deveria ser “não temos o pecado”, ou seja, não podemos dizer que não temos a natureza pecaminosa. No entanto, tal natureza é combatida pela nova natureza que recebemos de Deus (Rm 8.2; 1Jo 3.9).
Já o outro texto, o de 1Jo 1.10, que diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”, mas a expressão “que não temos cometido pecado” está no tempo passado. O apóstolo João está apenas lembrando que todos nós fomos pecadores, não podemos dizer que não temos cometido pecado, exatamente para nos levar a ser misericordiosos para com os demais, já que o perdão dos pecados é para todo o mundo e não apenas para nós (1Jo 2.2; Tt 3.2-5).
João é muito claro ao dizer que escrevia para que os cristãos não pecassem (1Jo 2.1). Esses textos, pois, estão sendo interpretados pela natureza pecaminosa, e não pelo Espírito Santo.

d) O espírito pronto.
Boa parte dos cristãos se encontram enganados pelo pecado. Apesar de estarem com o espírito pronto se deixam levar pela fraqueza da carne por falta de alguém que os exorte a sair desse engano para viverem a vida cristã proposta por Deus. O grande problema, como diz Hb 3.13, é que esse engano do pecado endurece o coração, obrigando a Deus a corrigi-los (Hb 12.1-7). Ter o espírito pronto é ter o Espírito de Deus dentro dele, tornando-nos verdadeiramente em Cristãos e a cada dia nos conduzindo a imagem de Cristo (2Co 3.18).
Quando Jesus falou que a carne era fraca, Ele o disse no contexto de “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). O que Cristo estava dizendo aos seus discípulos é que apesar de estarem com os espíritos preparados para receberem o Espírito Santo, a natureza pecaminosa poderia os levar a fraquejar, por isso deveriam vigiar e orar para não cair em tentação. Ora, nós agora já temos o Espírito Santo, nossos espíritos estão capacitados para sempre vencer. Portanto, devemos mortificar todo o vestígio do mal e obedecer todos os ensinos de Cristo (Cl 3.5; Tg 1.21, 22; 1Pe 2.1, 2; Mt 28.20). Vivamos em plena novidade de vida. As chances de cairmos em tentação serão mínimas se vigiarmos. Se nos livrarmos das tentações, as chances de pecar serão reduzidas à zero. Oremos para que descubramos o poder que há em nós (Ef 1.15-21).

e) Descobrindo o poder da ressurreição de Cristo.
Paulo em Ef 1.15-21 nos exorta para que oremos a Deus, a fim de que Ele nos dê a revelação do pleno conhecimento dEle, para que tenhamos iluminados os olhos da nossa mente para sabermos três coisas: Em primeiro lugar, a nossa esperança do chamamento, que é a celestial, para que a busquemos e ajamos com essa percepção celestial (Cl 3.1; Mt 6.19-21). Em segundo, qual a riqueza da sua glória da sua herança nos santos, para não nos desalentarmos nas lutas (2Co 4.16-18). E em terceiro, qual a suprema grandeza do seu poder para os que crêem, segundo a eficácia da força do seu poder, o qual exerceu Ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa nomear não só deste século, mas também do vindouro. É esse poder que temos. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo. Basta orarmos para que tomemos ciência dele e vivermos a vida cristã que Deus propôs para que vivêssemos.

f) Indo ao santo dos santos.
Um outro modo de se buscar esse poder da vida de ressurreição é pela comunhão que temos com o Espírito Santo. Todo cristão genuíno deve sempre está em contato com o Espírito Santo em seu espírito. Deus está através dEle dentro de nós. É impressionante como a grande maioria dos cristãos vive a orar como se Deus estive atrás do espaço sideral, estando a bilhões de anos luz da Terra. É comum vermos pessoas dizendo que suas orações não passaram do telhado, como se, ao orarmos, nossas orações fossem a Deus como que percorrendo um caminho até chegar a sua presença. Irmãos, nossas orações são mais para dentro do que para fora. A glória de Deus está dentro de nós. Ela não tem, como no Antigo Testamento, de vir lá do terceiro céu. Quando um culto, por exemplo, se enche da presença de Deus, podem ter certeza que isso ocorreu a partir dos nossos corações.
Precisamos exercitar esta forma de entrarmos em contato com Deus. Jesus disse em Jo 4.23:
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
E praticamente explicando esta afirmação, falando a mesma coisa em outras palavras, também disse em Jo 5.24,25:
“Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”
Adorar a Deus em espírito e em verdade é ter o Espírito Santo em nossos corações. Não precisando mais de simbolismos ou formas externas para que Deus entre em contato conosco. Deus está perto para os não-crentes para lhes dá a salvação (Rm 10.6-13), mas, para nós, Ele está mais perto de nós do que nós mesmos (Mt 28.20; Jo 14.15-20; Ef 2.13-18).
É a partir desse contato com Deus dentro de nós, que descobriremos o poder da vida de ressurreição. Portanto, sigamos a exortação de Paulo: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10). De nada adianta tomarmos toda a armadura de Deus, se não estivermos fortalecidos dentro dela (Ef 6.10-17).
Expressões como “andar no Espírito” (Gl 5.16) ou “renovar no espírito da mente” (Ef 4.23) significam se conscientizar da presença do Espírito Santo em nós. Só viveremos em plena santidade se mortificarmos o pecado pelo Espírito Santo em nós (Rm 8.13), para isso basta sermos guiados por Ele (Rm 8.14), que seria estarmos acordados, em “contato” com a comunhão do Espírito Santo, desfrutando dessa comunhão.

Conclusão
A ressurreição dos mortos é a base do cristianismo, assim como a prova de que o pecado estava no mundo antes da lei de Moisés era a morte (Rm 5.13, 14), a ressurreição de Cristo é a prova da remissão dos pecados (Rm 4.25).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Estudos de palavras bíblicas

Estudos de Palavras Bíblicas
Estes artigos sobre palavras bíblicas são fruto do trabalho filológico (estudo de palavras) desenvolvido por mim visando à tradução da Bíblia Anabatista. Em meu livro “Subsídios em Grego Bíblico” há um capítulo específico em que trato da sinonímia e etimologia das palavras do Novo Testamento Grego. A sinonímia e a etimologia são a base do trabalho para um dicionário grego/português e, também, posteriormente para a tradução do texto bíblico escrito em língua grega, tanto do Novo como do Antigo Testamento (Septuaginta). Especificamente, aqui, nestes artigos, estarei me detendo em palavras bíblicas dentro do contexto em que se encontram, fazendo de modo pontual a aplicação do material que preparei e que estou preparando. Assim, aqueles que acompanham minhas crônicas neste blog, desfrutarão antecipadamente do que estou trabalhando, especialmente no caso da nova tradução da Bíblia feita pelos Anabatistas do Ceará. Suas observações serão contadas e apreciadas, participe e faça suas perguntas e sugestões.

Luiz Sousa em Cristo eternamente!

Como exemplos iniciais da importância de uma nova tradução da Bíblia, vejamos algumas passagens bíblicas que carecem de uma verdadeira atualização:

1) Em 1Pe 4.3 lemos na versão Almeida Atualizada, 2ª edição, de 1993: “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias bebedices e em detestáveis idolatrias”. A palavra “borracheira” é a tradução da palavra grega OINOFLYGÍAIS, que significa literalmente “bebedor de vinho”, já que é formada de dois vocábulos gregos: OINOS (vinho) e Fluo (deixar correr um corrente de palavras). Por que se traduz por “borracheira” ou “borrachice” é o que nos surpreende. Como as detentoras dos direitos autorais da tradução Almeida não atualizaram a palavra “borracheira” para “embriaguez” é prova inconteste da falta de cuidado nas revisões da Bíblia. No mesmo versículo, encontramos a palavra grega PÓTOIS traduzida por “bebedice”, que deriva do verbo PINO (beber) e do substantivo PÓSIS (ação de beber). Ora, no mesmo verso encontramos a Bíblia condenando a “embriaguez” e a “bebedice”. Mostrando que tanto beber até ficar embriagado é condenado como o chamado “beber socialmente”, quando se ingere bebidas fortes sem vistas na embriaguez. Daí ver-se que realmente precisamos de verdadeiras atualizações da Bíblia. A tradução anabatista da Bíblia será uma versão preocupada com a ética de imposta pela Palavra de Deus. Ore para que tudo concorra conforme a vontade de Deus nesta nova versão.

2) Em At 2.37 lemos na Almeida Atualizada, 2ª edição, de 1993: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”. O verbo traduzido por “compungiu-se-lhes” é KATANÚSSOMAI, um verbo dos chamados verbos “depoentes”, os que só apresentam a forma médio-passiva, que semanticamente significa no “apunhalado”. Este verbo grego é cognato (da mesma raiz etimológica) de NÚCSIS (picada), de NÚSSA (meta na extremidade da corrida onde se dava a volta) e de NÚSSO (picar, ferir) e fazendo um link ou uma conexão com Hb 4.12, em lemos que a Palavra de Deus “é mais afiada que qualquer espada de dois gumes, e que penetra até mesmo na divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas”, fica claro que as palavras de Pedro foram palavras divinas, penetrantes, agudas, como de uma ponta de espada, poderosas pelo Espírito Santo, que convence acerca do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). A conversão de quase três mil almas deveu-se a essa palavra poderosa e ao incentivo de muitos dos irmãos que estavam cheios do Espírito Santo (At 2.37-41). Vemos, então, o segredo do batismo no Espírito Santo, que usando o crente fala profundamente ao seu coração, levando-o ao arrependimento. Portanto, a melhor tradução para o verbo KATANÚSSOMAI no texto de At 2.37 é de fato “apunhalados”, pois mostra que de fato houve um “furo” no espírito dos perdidos, levando-os ao arrependimento espiritual.

3) Todo o capítulo 2 da carta do Apóstolo Paulo escrita a Tito é marcada pelo verbo grego lale,w (falar), que explico no livro “Subsídios em Grego Bíblico”, reflete a ideia de uma fala provocada, seja por missão (Lc 1.19), um milagre (Mt 15.31), pela operação do Espírito divino (Mt 10.19, 20; At 2.4), por Deus-pai (Jo 8.28, 38; 12.49) ou por espíritos maus (Mc 1.34; Jo 8.44). Neste capítulo 2, da carta de Tito, facilmente se nota no texto grego que tal verbo abre e fecha o capítulo, ele ocorre no verso 1: “Tu, porém, FALA o que convém a sã doutrina”, e também aparece no final do capítulo, no verso 15: “FALA estas coisas; exorta e repreende com tada autoridade; ninguém te despreze”. O que Paulo estaria então dizendo a Tito, é que ele falasse em nome de Jesus, tudo o que está contido no capítulo 2, assim, todos na igreja – os senhores (v.2), as senhoras (v.3), os jovens (v.6), os trabalhadores (v.9), deveriam obedecer ao ensinamento ministrado por este cooperador de Paulo, como se ele fosse o próprio Jesus, já que esta receptividade da igreja para com o dirigente é fundamental para a edificação e crescimento das igrejas cristãs (1Ts 2.13). Ao que parece Tito não era Pastor, era apenas um cooperador, um diácono de Paulo. Mas nota que apesar dessa aparente simplicidade de título ou credencial, nem por isso o Apóstolo Paulo deixou de incumbir grandes responsabilidades a Tito. Iria “por em ordem plenamente” [em grego: EPDIORTHÓOMAI, junção da preposição “EPI” e “DIOORTHÓO (endireitar)] as coisas que faltavam na ilha de Creta, além de constituir em cada cidade da ilha um presbítero (Tt 1.5). Ou seja, um simples cooperador iniciaria as escolhas dos pastores das congregações. Como é diferente hoje quando os pastores se julgam os donos das igrejas. Jesus não põem ninguém maior sobre os outros na sua Igreja, tosos são iguais, ninguém é maior do que os outros (Mt 20.2428; Jo 12.12-17), se alguém fala em nome de Cristo, mesmo um novo convertido, ele será seu representante autorizado, foi o que Jesus ensinou (Lc 9.46-48). Quando em Hb 13.17 é dito que devemos obedecer aos nossos guias (em grego HÉGEOMAI: guiar), propositalmente não foi escrito “pastores”. Porque, na verdade, e isso ocorre muitas vezes, na frente de uma igreja pode muito bem está um crente não-consagrado, e nem por isso se deve deixar de obedecê-los em suas decisões eclesiásticas.

Frases Vivas de Luiz Sousa

“Enquanto os seminários e faculdades de teologia continuarem sendo movidos a dinheiro e a busca de status, seus certificados continuarão só tendo validade e reconhecimento no inferno”.
Luiz Sousa, meditando em 06.12.09.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Estudo de palavras bíblicas nas línguas originais.

Estudos de Palavras Bíblicas
Estes artigos sobre palavras bíblicas são fruto do trabalho filológico (estudo de palavras) desenvolvido por mim visando à tradução da Bíblia Anabatista. Em meu livro “Subsídios em Grego Bíblico” há um capítulo específico em que trato da sinonímia e etimologia das palavras do Novo Testamento Grego. A sinonímia e a etimologia são a base do trabalho para um dicionário grego/português e, também, posteriormente para a tradução do texto bíblico escrito em língua grega, tanto do Novo como do Antigo Testamento (Setuaginta). Especificamente, aqui, nestes artigos, estarei me detendo em palavras bíblicas dentro do contexto em que se encontram, fazendo de modo pontual a aplicação do material que preparei e que estou preparando. Assim, aqueles que acompanham minhas crônicas neste blog, desfrutarão antecipadamente do que estou trabalhando, especialmente no caso da nova tradução da Bíblia feita pelos Anabatistas do Ceará. Suas observações serão contadas e apreciadas, participe e faça suas perguntas e sugestões.

Luiz Sousa em Cristo eternamente!

Como exemplos iniciais da importância de uma nova tradução da Bíblia, vejamos algumas passagens bíblicas que carecem de uma verdadeira atualização:

1) Em 1Pe 4.3 lemos na versão Almeida Atualizada, 2ª edição, de 1993: “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias bebedices e em detestáveis idolatrias”. A palavra “borracheira” é a tradução da palavra grega OINOFLYGÍAIS, que significa literalmente “bebedor de vinho”, já que é formada de dois vocábulos gregos: OINOS (vinho) e Fluo (deixar correr um corrente de palavras). Por que se traduz por “borracheira” ou “borrachice” é o que nos surpreende. Como as detentoras dos direitos autorais da tradução Almeida não atualizaram a palavra “borracheira” para “embriaguez” é prova inconteste da falta de cuidado nas revisões da Bíblia. No mesmo versículo, encontramos a palavra grega PÓTOIS traduzida por “bebedice”, que deriva do verbo PINO (beber) e do substantivo PÓSIS (ação de beber). Ora, no mesmo verso encontramos a Bíblia condenando a “embriaguez” e a “bebedice”. Mostrando que tanto beber até ficar embriagado é condenado como o chamado “beber socialmente”, quando se ingere bebidas fortes sem vistas na embriaguez. Daí ver-se que realmente precisamos de verdadeiras atualizações da Bíblia. A tradução anabatista da Bíblia será uma versão preocupada com a ética de imposta pela Palavra de Deus. Ore para que tudo concorra conforme a vontade de Deus nesta nova versão.

2) Em At 2.37 lemos na Almeida Atualizada, 2ª edição, de 1993: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”. O verbo traduzido por “compungiu-se-lhes” é KATANÚSSOMAI, um verbo dos chamados verbos “depoentes”, os que só apresentam a forma médio-passiva, que semanticamente significa no “apunhalado”. Este verbo grego é cognato (da mesma raiz etimológica) de NÚCSIS (picada), de NÚSSA (meta na extremidade da corrida onde se dava a volta) e de NÚSSO (picar, ferir) e fazendo um link ou uma conexão com Hb 4.12, em lemos que a Palavra de Deus “é mais afiada que qualquer espada de dois gumes, e que penetra até mesmo na divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas”, fica claro que as palavras de Pedro foram palavras divinas, penetrantes, agudas, como de uma ponta de espada, poderosas pelo Espírito Santo, que convence acerca do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). A conversão de quase três mil almas deveu-se a essa palavra poderosa e ao incentivo de muitos dos irmãos que estavam cheios do Espírito Santo (At 2.37-41). Vemos, então, o segredo do batismo no Espírito Santo, que usando o crente fala profundamente ao seu coração, levando-o ao arrependimento. Portanto, a melhor tradução para o verbo KATANÚSSOMAI no texto de At 2.37 é de fato “apunhalados”, pois mostra que de fato houve um “furo” no espírito dos perdidos, levando-os ao arrependimento espiritual.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Testemunho de Luiz Sousa para os Gidões Internacionais.

A Palavra a seu tempo quão boa é (Pv 15.23)

Foi em meados de 1988, eu cursava o segundo ano do Segundo Grau, e vivia um momento crítico, com 17 para 18 anos será fácil todos me entenderem: Não sabia que caminho seguir, preocupava-me que carreira acadêmica faria, que emprego poderia conseguir, passaria no vestibular? Temia a vida e as grandes dificuldades; medo e angústia eram os sentimentos que me dominavam. Meus amigos, assim como, faziam de conta que tudo era alegria, era época do Legião Urbana, do grupo Menudo, de Michael Jackson...E nos finais de semana havia as praias de Fortaleza de dia e as festinhas a noite; enfim, por um lado, o externo, era tudo alegria, jovialidade, diversão e beleza, mas por outro, o de dentro, em nossos corações, uma explosão de medo e apreensão tomava conta. Foi nessa época que comecei a pensar em Deus, cheguei a ir numa igreja, escondida de qualquer pessoa que pudesse me conhecer (como somos tolos e machistas) e tentei falar com Deus, disse algumas orações que tinha memorizado e depois pedi para Deus me ajudar a passar de ano e conseguir vencer, mas principalmente me orientar. Foi algo tosco, seco, às escondidas, com pressa, mas foi o primeiro despertar de um temor sincero a Deus em minha vida depois da época da infância, quando não me envergonha de assistir os filmes dos heróis da Bíblia e até assistir programas religiosos dos Estados Unidos que passam na TV aberta da época.
Foi então que no colégio apareceram algumas pessoas oferecendo gratuitamente uns livrinhos cinzentos para todos os alunos. Recebi um e comecei a ler e que coisa maravilhosa, era um Novo Testamento Gideônico, e a partir dele eu pude me inteirar da minha maior dificuldade, que era a separação de Deus por causa do pecado. Abri meu coração para as coisas de Deus e logo estava aceitando a Jesus numa reunião de crentes. O Novo Testamento veio como uma resposta de Deus para mim, veio na hora certa, foi como maças de ouro em salvas de prata (Pv 25.11). Hoje sou professor de Grego Bíblico, dando aulas em seminários e faculdades de Fortaleza, e estou para lançar minha Gramática dessa língua que foi usada por Deus para escrever a mensagem cristã. Por saber a língua original do Novo Testamento consigo entender com grande profundidade os ensinos de Cristo, melhoro alguma falha tradutória que encontro comparando os originais com todas as versões que temos da bíblia em português, mas há uma em especial que sempre é a primeira a ser consultada, é a que fica pertinho do meu computador, já sem capa e bem escura de tanto ser lida, mas para a mim é a mais valiosa, porque foi por ela que eu encontrei o caminho do céu.
Que Deus abençoe a obra dos gideões, que se levante 300 milhões de valentes como vocês em todo o mundo, e de todo coração, quero dizer muito obrigado! No céu quero receber a todos aqueles que ajudaram na minha salvação (Lc 16.9).

Luiz Sousa em Cristo eternamente.