segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Crônicas das guerras espirituais. 08.01.12

Que dias memoráveis esses!
Eu e Eduardo estivemos pregando na praça do Ferreira, no dia em que Fortaleza, por conta da greve dos policiais militares sofreu com com arrastões e ameaças de arrastões. O centro comercial de Fortaleza parou pela expectativa de multidões invadirem as lojas para saquearem as coisas. Decidi então intervir. Liguei para o Eduardo e marquei para nos encontrarmos na ponte do riacho Maceió no bairro Varjota no Mucuripe para de lá irmos pregar na praça central de Fortaleza.
Enquanto esperava o Eduardo acabei pregando na ponte do rio Maceió. Lá em público e com a caixinha de ampliação de voz, dialoguei pregando com o pai do meu amigo que cometeu suicídio no segundo semestre de 2011, o Berg, que já deve está no inferno aguardando o triste o juízo de Deus para ir ao terrível lago de Fogo, a não ser que de alguma forma tenha praticado o pecado que não se pode pedir perdão (porque se está morto) inconsciente, numa total loucura. Apesar deu achar difícil isso. Mas quem sabe é Deus. Pois bem, disse ao pai do finado Berg que se ele não cresse em Jesus teria te viver o resto dos dias na bebedeira, como estava fazendo, para tentar aliviar a dor na consciência de ter sido culpado da morte triste do filho. Tentei poupá-lo ao máximo, mas Deus queria falar com aquelas pessoas que moram nas imediações do riacho Maceió. Depois, enquanto ainda esperava o Eduardo, encontrei-me com o Cícero (Júnior) amigo comum de mim do finado Berg, já que estudamos no mesma Escola (Presidente Médici) no Mucuripe. Conversei com o Júnior falei que Jesus estava para voltar, falei que acabara de pregar ali sobre o perdão, Jesus e o suicídio do Berg. O Júnior acha que todos são culpados da morte do Berg, até ele se achava culpado. Também disse que em parte eu me achava culpado, preguei tão pouco, fui muito estrategista para conseguir levá-lo a Cristo pela amizade e o tempo. Deveria ter sido mais incisivo, direto, franco, sem medo de perder a amizade ou qualquer chance de contato. Mas depois, pensando na hora, disse ao Júnior, o principal culpado foi o Berg mesmo! Fora muito escarnecedor, se deixou levar para influência dos rockeiros que gostava (Beatles, Pink Froyd...), zombava muito das religiões e de Cristo.
E o Eduardo chegou na motocicleta e nela nos dirigimos a praça. Nossas pregações na Praça do Ferreira foram ungidas, cheias do poder de Deus. Falei que se me encontrasse com algum arrastão o deteria em nome (pessoa) de Jesus em mim, dizendo para a massa "ensandecida" e oportunista: Cada um de vocês pode tentar se ocultar na multidão para roubar e saquear, mas Deus contempla cada um de vocês individualmente, e saibam: NENHUMA LADRÃO HERDARÁ O REINO DE DEUS!!
A pregação do Eduardo foi memorável. Nunca vi ele pregar com tanto unção. E o surpreendente é que ele nem se apercebia da virtude de Deus em sua mensagem.
A noite no trabalho liguei para o jovem Leão, o pastor Glauco e contei sobre nossa obra na praça do Ferreira. A esposa do Pastor perguntou se seria bom eles irem para o culto na capela de Moriá, eu disse que sim, o máximo que podia acontecer era eles morrerem. Ela me achou mais louco que o pastor.
Logo em seguida soube por meu irmão carnal (Jorge) que trabalha no setor de segurança que o bairro de minha mãe estava em terror. Bandidos se aproveitando da greve cometeram maldades. Mataram um homem e uma criança de 3 anos, balearam uma mulher grávida e acertarem um garoto na perna. Logo que soube tentei ligar para o pastor Glauco para dar-lhe mais cuidado já que achei que poderia tê-lo incentivado a ser tão ousado quanto eu. Mas o Pastor devia está no culto de oração, pois seu telefone não atendia. Liguei então para o Pastor Heládio e pedi para que ele tentasse falar com ele e dizer para deixar tudo comigo e que para mim especificamente Deus tinha falado o Sl 91.7 e que quem estivesse ao meu lado poderia ser atingido. O Pastor Heládio disse que faria isso. Mas quase em seguida o Pastor Glauco retornou a ligação a mim e disse-lhe para que ele se resguardasse e deixasse que isso era assunto para o cão de pastor, aquele que ajuda o pastor na condução do rebanho e protege as ovelhas dos lobos. Ele entendeu e riu.
Foi quando decidi ir pregar em frente do Palácio do Governo, que fica na mesma quadra do lugar aonde trabalho, falei ao ronda que assumisse o meu lugar enquanto eu ia pregar em frente do lugar onde se discutia o fim da greve dos militares com o governo.
Vesti minhas roupas de pregador por cima da farta da empresa e preguei com ousadia para os militares que faziam a segurança das duas portarias do lugar. Havia lá também repórteres e jornalistas. Falei o que tinha acontecido no bairro de minha mãe, sobre a morte de criancinha, e indaguei e se fosse minha filha?, eu não estaria aqui transtornado??! Falei que tinha pregado na praça do Ferreira e que tinha ido lá para conter o arrastão. Porque nessas horas não há exército no mundo que segure uma multidão levado pelo mal e a anarquia. Só Deus pode conter o mal! Disse que se os militares queriam mesmo revolucionar deveria pedir demissão de seus empregos públicos e ir vender dim-dim (sacolé) na praia que dá muito mais dinheiro. Disse também aos soldados do exército vocês devem também sair dessa vida de militar. Jogue suas armas no chão e aceitem a Jesus. O cristianismo é incompatível com o homicídio em nome de uma país ou rei. Se Deus não autoriza o cristão verdadeiro a matar em seu nome quanto mais matar em nome de uma governador, presidente, papa, rei ou país! Olhei para o major que cuidava da chefia do lugar. Vocês tem três estrelas e um gemada, é... deve mais que capitão. Eu também sou capitão, mas sou capitão dos escoteiros anabatistas, que possuem muito mais honra do que vocês.
CONTINUA