Na página 20 do livro “Introdução à Sintaxe do Hebraico
Bíblico” de Bruce K. Waltke e M. O’Connor, lemos:
“Padronização do texto (hebraico). O testemunho rabínico reflete
um movimento que se afasta de uma pluralidade de recensões (um tipo de
correção), em direção a uma estabilização do texto próxima ao começo do
primeiro século. As sete regras de hermenêutica bíblica compiladas por Hillel,
o Ançião (fl. Século 10 d.C.) na época de Herodes exigiu um texto
inviolável, sacrossanto e autorizado. Os comentários exegéticos e os princípios
hermenêuticos dos tannaim (professores dos primeiros séculos d.C.),
notavelmente Zacarias bem ha-Kazzan, Naham Gimzo, Rabino Akiva e Rabino
Isamael, pressupõem que neste período um único texto estável tenha atingido
autoridade incontestável acima de todos
os outros. Justino Mártir (por volta de 20 século) RECLAMOU
QUE OS RABINOS TINHAM ALTERADO A VENERÁVEL LXX (Septuaginta, ou versão dos
setenta) para REMOVER um braço essencial da propaganda cristã, o que também
demonstra que os rabinos desejavam um texto autorizado. Uma recensão do Antigo
Testamento grego (R) encontrada em Nahal Hever, na região do Mar Morto, e datada
por seu editor, D. Barthélemy, em 70-100 d.C., CONFIRMA a reclamação de
Justino, em certo sentido. Barthélemy
demonstrou que esta recensão serve como testemunha do texto usado por Justino
para debate”.
Fica muito claro assim, nessa própria publicação que é
bem aceita pelos judaizantes que houve sim uma tentativa dos judeus depois da
formação da Igreja de Jesus Cristo de alterarem a Septuaginta, no texto em que
falava do nascimento do Messias, cuja declaração d’Ele nascer de uma virgem apontava
sua procedência divina, e não humana. Notem que o livro supracitado não
esclarece qual era o tal “braço” da propaganda Cristã, que era este verso que
no texto grego mundialmente aceito por todos esclarecia muito bem que Jesus não
era da linhagem pecadora de Adão. Como a Septuaginta fora preparada antes de
Jesus ter vindo à Terra em sua encarnação, era claro que houvera sim uma
deturpação do texto grego feito pelos judeus que queriam ocultar essa verdade
apontada na tradução grego do antigo texto hebraico.