sábado, 25 de outubro de 2014

Exegese de 1Pe 3.18 e 1Pe 4.6.
O texto de 1Pe 3.18, 19 não está, como pensam alguns, dizendo que o espírito de Cristo foi ao mundo dos mortos pregar aos espíritos em prisão. Quando diz que Ele foi mortificado pela carne mas vivificado no espírito isso não se refere a carne e ao espírito de Cristo. A CARNE fala na verdade dos homens que mataram a Jesus e o ESPÍRITO ao Espírito Santo que o ressuscitou conforme Rm 8.11. Por isso que a tradução mais correta deveria ser mortificado PELA carne e vivificado PELO Espírito. 
O contexto de 1Pe 3.18 deixa muito claro que o assunto do capítulo era a perseguição os carnais aos cristãos. Assim, o apóstolo usa Jesus como o exemplo aqueles que sofrem a perseguição dos carnais. Quem pregou aos espírito em prisão foi o Espírito Santo através de Noé. 
Será que o pregar aos mortos de 1Pe 4.6 significa que os mortos teriam direito a uma segunda chance de salvação. 
Não! Se analisarmos o contexto fica evidente que essa pregação é usada para julgar e não salvar. Note: 
"Os quais hão de dar conta ao que está preparado para JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS. Porque POR ISSO foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, FOSSEM JULGADOS segundo os homems na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito" (1Pe 4.5, 6). 
A frase final MAS VIVESSEM SEGUNDO DEUS EM ESPÍRITO mostra claramente que a pregação foi feita antes dessas pessoas morrerem.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Correções de traduções bíblicas

Em 1Pe 4.1 lemos na Almeida: "Portanto, visto que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também com este pensamento, aquele que padeceu na carne já cessou do pecado".

E alguns perguntam: Esse texto não sugere que Cristo tenha pecado?
Alguns argumentam que não, dizendo que a segunda parte se refere aos crentes. Mas para mim o que ocorre aqui é uma falha na tradução. No original grego a expressão "cessou do pecado" não está no caso genitivo, mas no dativo, sendo que sua perfeita tradução seria "...aquele que padeceu na carne cessou (acabou) com o pecado". A própria carta deixa claro que Cristo nunca pecou em 1Pe 2.21 e 22.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Correções de traduções do Novo Testamento

Lemos em Mt 24.22 “E se aqueles dias não fossem ABREVIADOS nenhuma carne se salvaria, mas por causa dos escolhidos serão ABREVIADOS aqueles dias”. Versão Almeida

É esclarecedor o estudo do verbo grego traduzido aqui por “abreviar” nesse texto supracitado. O verbo em pauta é KOLOBÓO e sua etimologia vem dos vocábulos gregos KOLOBÓS e KOLOBÓTES que possuem o significado de “mutilação” ou “truncamento”.
Assim, a ideia do verbo grego tem mais o sentido de mutilação ou corte. Isso mostra que a interpretação truncada das 70 semanas destinadas ao povo judeu, mencionada em Daniel 9.24-27, adotada pelos pré-milenistas, estaria sendo confirmada por Jesus, além de explicar o porquê desse corte, que seria o cuidado de Deus em salvar os judeus.
Assim, a interpretação do corte das 70 semanas de Daniel, com esse intervalo entre a semana 69 e a 70, estaria apoiada em Mt 24.22, fazendo a última semana ser separada das primeiras 69.
O problema é que a tradução do verbo grego KOLOBÓO em “abreviar” em vez de “cortar” oculta esse detalhe importante. E tal falha distorcer a interpretação do texto, pois acaba dizendo algo totalmente oposto do que ocorre, pois o corte visa expandir o tempo e não encurtar.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sobre a pena de morte e outras leis humanas (maioridade penal, lei da palmada, aborto, casamento gay

Qual a posição da igreja sobre a pena de morte, maioridade penal, leis sobre o aborto, da palmada e casamento gay? Tentarei responder essas questões de modo direto e sem floreios. Sou da opinião que é na simplicidade e clareza que as respostas sábias se acomodam. Tudo muito rebuscado e definido... em rodeios e palavreado emproado revela mais da cultura de quem fala ou escreve do que a resposta direta e objetiva, que no final das contas é o que fica e convence.
Sobre a PENA DE MORTE julgo que não compete a igreja legislar ou advogar neste assunto particular. A Bíblia tanto apoia a pena de morte como o perdão restaurador. Compete ao Estado decidir sua posição nessa questão e por ela julgar seus cidadãos. A igreja sendo santa e fazendo o bem não terá o Estado contra ela nessas questões de crimes e maldades humanas, conforme Rm 13.1-5. E mesmo que o Estado fique contra a igreja como ficou nos períodos da igreja primitiva, estaremos nesse caso sofrendo por causa da justiça, sendo feitos por isso bem-aventurados (1Pe 3.13-17), e esse texto supracitado também diz que não devemos ficar com medo ou conturbados, mas preparados para responder os motivos de nossos sofrimentos com mansidão e respeito (veja de novo 1Pe 3.13-17).
No período da igreja primitiva a pena de morte foi aplicada aos cristãos e eles se submeteram a ela, mesmo sendo justos. A pena de morte é um sentença final para este mundo e apesar de não satisfazer a justiça divina (pois como alguém que mata três pessoas pode pagar por esses crimes com sua única morte?), ela, a pena de morte, pelo menos livra a sociedade da pessoa danosa que pode cometer mais crimes piores.
Assim, na pena de morte cada país tem sua própria posição. Não é da igreja entrar nessa questão, ela deve julgar os que estão de dentro não os de fora, nossa pena de morte é a excomunhão do membro infrator digno dela, que se for realmente salvo é logo realmente morto por Deus. É o que vemos em primeira coríntios que fala do homem entrega para destruição do corpo, daqueles que estavam morrendo na santa ceia por não julgarem o corpo de Cristo, dos pecados que são para morte citados pelo apóstolo João no capítulo 5 de sua primeira epístola.
No Brasil, a sentença máxima é de trinta anos de reclusão, o que deve ser considerado para o povo brasileiro o equivalente a prisão perpétua ou a pena de morte em outros países. Mesmo que de fato não se equipare, mas é a equivalência a pena de morte para o Brasil, e, para o cristão isso basta, já que para ele a justiça humana não satisfaz a divina. É na divina que a justiça se satisfaz seja no perdão de um assassino (com todas as consequências de seu pecado) ou castigo eterno no Lago de fogo para o aparentemente simples mentiroso.
Já referente a maioridade penal, a lei da palmada e o aborto é fundamental a opinião da igreja, já que nesses casos são os menores, as crianças, que estão em discussão. Sendo inocentes e não tendo juízo de valor formado, as crianças precisam da ajuda da igreja para que o Estado não adentre numa competência que ele não tem plenos direitos. A família têm autonomia sobre as crianças e são elas que devem estabelecer as normas sobre essas questões. O Estado só deveria ter o pátrio poder dos meninos que fossem desassistidos de suas famílias, da igreja e das instituições infantis devidamente legalizadas para cuidar dos pequeninos.
A Bíblia diz nesse questão no último capítulo do livro de Provérbios: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados” . Tendo a função de luz e sal desse mundo a igreja têm sim um papel político (fora dos partidos) e social no mundo.
Quanto as questões do casamento homossexual também a igreja não pode se omitir de participar exatamente porque esse tipo de arranjo ou agrupamento que querem chamar de família é um ataque sutil mas terrível contra a família estabelecida na Bíblia.
Jesus ao ir ao casamento que houve em Caná da Galileia e ao ajudar multiplicando o vinho na festa deixou claro que é papel da igreja também ajudar e abençoar o casamento. Em Hb 13.4 diz que “digo de honra ENTRE TODOS seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos (aqui se incluem os gays e todos os demais fornicários) e os adúlteros Deus os julgará” grifos e interpolações minhas para destaque.
Em Ef 3.15 lemos que TODA a família nos céus e na terra toma o nome de Deus-pai. Ora todas as famílias tomam o nome de Deus-Pai porque Ele é o representante da Trindade das famílias. Sua cunha de Deus-Pai aponta isso, evocando o patriarca Abraão (o pai de todas as famílias da terra, Gn 17.5). A igreja é a noiva do Cordeiro (Jesus) que representa na Trindade o papel do noivo (Isaque), o herdeiro das dádivas de Deus-Pai e o Espírito Santo tem na Trindade a função de multiplicar as bênçãos familiares (Jacó ou Israel).
Ora, com essas analogias eu quero apontar que o ataque dos homossexuais é diretamente a Trindade Santa. Não é um ataque a doutrina ou ensino trinitários como fazem as testemunhas de jeová ou os unitaristas, mas é um ataque as suas pessoas divinas que se identificam com o homem e a mulher no próprio ato da criação (Gn 3.26, 27).
Por isso homossexuais, vocês provocam ao meu Deus e como servo d'Ele não posso ficar indiferente a essa afronta e como Davi vou a luta contra vocês para morrer ou não, com muitos ou só, mas irei resoluto com cara de leão para glória de Deus-pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo.