Qual a
posição da igreja sobre a pena de morte, maioridade penal, leis sobre o aborto,
da palmada e casamento gay? Tentarei responder essas questões de modo direto e
sem floreios. Sou da opinião que é na simplicidade e clareza que as respostas
sábias se acomodam. Tudo muito rebuscado e definido... em rodeios e
palavreado emproado revela mais da cultura de quem fala ou escreve do que a
resposta direta e objetiva, que no final das contas é o que fica e convence.
Sobre a PENA DE MORTE julgo que não compete a igreja legislar ou advogar
neste assunto particular. A Bíblia tanto apoia a pena de morte como o perdão
restaurador. Compete ao Estado decidir sua posição nessa questão e por ela
julgar seus cidadãos. A igreja sendo santa e fazendo o bem não terá o Estado
contra ela nessas questões de crimes e maldades humanas, conforme Rm 13.1-5. E
mesmo que o Estado fique contra a igreja como ficou nos períodos da igreja
primitiva, estaremos nesse caso sofrendo por causa da justiça, sendo feitos por
isso bem-aventurados (1Pe 3.13-17), e esse texto supracitado também diz que não
devemos ficar com medo ou conturbados, mas preparados para responder os motivos
de nossos sofrimentos com mansidão e respeito (veja de novo 1Pe 3.13-17).
No
período da igreja primitiva a pena de morte foi aplicada aos cristãos e eles se
submeteram a ela, mesmo sendo justos. A pena de morte é um sentença final para
este mundo e apesar de não satisfazer a justiça divina (pois como alguém que
mata três pessoas pode pagar por esses crimes com sua única morte?), ela, a pena
de morte, pelo menos livra a sociedade da pessoa danosa que pode cometer mais
crimes piores.
Assim, na pena de morte cada país tem sua própria posição. Não
é da igreja entrar nessa questão, ela deve julgar os que estão de dentro não os
de fora, nossa pena de morte é a excomunhão do membro infrator digno dela, que
se for realmente salvo é logo realmente morto por Deus. É o que vemos em
primeira coríntios que fala do homem entrega para destruição do corpo, daqueles
que estavam morrendo na santa ceia por não julgarem o corpo de Cristo, dos
pecados que são para morte citados pelo apóstolo João no capítulo 5 de sua
primeira epístola.
No Brasil, a sentença máxima é de trinta anos de reclusão,
o que deve ser considerado para o povo brasileiro o equivalente a prisão
perpétua ou a pena de morte em outros países. Mesmo que de fato não se equipare,
mas é a equivalência a pena de morte para o Brasil, e, para o cristão isso
basta, já que para ele a justiça humana não satisfaz a divina. É na divina que a
justiça se satisfaz seja no perdão de um assassino (com todas as consequências
de seu pecado) ou castigo eterno no Lago de fogo para o aparentemente simples
mentiroso.
Já referente a maioridade penal, a lei da palmada e o aborto é
fundamental a opinião da igreja, já que nesses casos são os menores, as
crianças, que estão em discussão. Sendo inocentes e não tendo juízo de valor
formado, as crianças precisam da ajuda da igreja para que o Estado não adentre
numa competência que ele não tem plenos direitos. A família têm autonomia sobre
as crianças e são elas que devem estabelecer as normas sobre essas questões. O
Estado só deveria ter o pátrio poder dos meninos que fossem desassistidos de
suas famílias, da igreja e das instituições infantis devidamente legalizadas
para cuidar dos pequeninos.
A Bíblia diz nesse questão no último capítulo do
livro de Provérbios: “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os
que se acham desamparados” . Tendo a função de luz e sal desse mundo a igreja
têm sim um papel político (fora dos partidos) e social no mundo.
Quanto as
questões do casamento homossexual também a igreja não pode se omitir de
participar exatamente porque esse tipo de arranjo ou agrupamento que querem
chamar de família é um ataque sutil mas terrível contra a família estabelecida
na Bíblia.
Jesus ao ir ao casamento que houve em Caná da Galileia e ao
ajudar multiplicando o vinho na festa deixou claro que é papel da igreja também
ajudar e abençoar o casamento. Em Hb 13.4 diz que “digo de honra ENTRE TODOS
seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, pois aos devassos (aqui se
incluem os gays e todos os demais fornicários) e os adúlteros Deus os julgará”
grifos e interpolações minhas para destaque.
Em Ef 3.15 lemos que TODA a
família nos céus e na terra toma o nome de Deus-pai. Ora todas as famílias tomam
o nome de Deus-Pai porque Ele é o representante da Trindade das famílias. Sua
cunha de Deus-Pai aponta isso, evocando o patriarca Abraão (o pai de todas as
famílias da terra, Gn 17.5). A igreja é a noiva do Cordeiro (Jesus) que
representa na Trindade o papel do noivo (Isaque), o herdeiro das dádivas de
Deus-Pai e o Espírito Santo tem na Trindade a função de multiplicar as bênçãos
familiares (Jacó ou Israel).
Ora, com essas analogias eu quero apontar que o
ataque dos homossexuais é diretamente a Trindade Santa. Não é um ataque a
doutrina ou ensino trinitários como fazem as testemunhas de jeová ou os
unitaristas, mas é um ataque as suas pessoas divinas que se identificam com o
homem e a mulher no próprio ato da criação (Gn 3.26, 27).
Por isso
homossexuais, vocês provocam ao meu Deus e como servo d'Ele não posso ficar
indiferente a essa afronta e como Davi vou a luta contra vocês para morrer ou
não, com muitos ou só, mas irei resoluto com cara de leão para glória de
Deus-pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo.