sábado, 2 de julho de 2016

Correntes interpretativas do arrebatamento

Posições Interpretativas na Escatologia Bíblica da Igreja em relação a Grande Tribulação
Introdução:
Na matéria de escatologia bíblica há pelo menos três posicionamentos interpretativos a respeito da Igreja e do período da Grande Tribulação que são: o pré-tribulacionista, o pós-tribulacionista e o meso-tribulacionista. Vejamos resumidamente essas posições e qual a mais bem apoiada biblicamente.
Pré-tribulacionista:
Nesta interpretação a igreja não passaria pela Grande Tribulação, sendo retirada antes desse período no evento conhecido por arrebatamento. Das três interpretações essa é mais apoiada biblicamente, vejamos alguns textos que concordam com essa interpretação:
1Tessalonicenses 1.10: “e esperardes dos céus a seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos LIVRA DA IRA VINDOURA”.
Sendo a Grande Tribulação conhecida por “ira de Deus sobre a Terra” esse texto é claro em dizer que Jesus livrará aos salvos desse período. Alguns acham que essa "ira vindoura" se refere ao castigo eterno do Lago de Fogo infernal. Mas esse castigo eterno se baseia não na ira de Deus, mas na sua justiça, tanto é que só acontecerá depois do Juízo Final.
2Tessalonicenses 2.3-7: “Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá (a ira de Deus sobre a Terra) sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniquidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora”.
Neste texto fica evidenciado que o Anticristo é impossibilitado de se manifestar pela presença de algo que inibe a iniquidade, sendo a Igreja luz e o sal da terra (Mt 5.13,14) seria sua presença que impede a manifestação do Anticristo que se dará na Grande Tribulação.
1Tessalonicenses 5.9: “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo”
Pós-tribulacionista:
Nessa interpretação alguns defendem que a Igreja será arrebatada somente depois da Grande Tribulação. Para argumentar a favor dessa posição interpretativa é usado o texto de Mt 24.22 que mostra que haverá escolhidos de Deus na Grande Tribulação. Os pré-tribulacionistas contra argumentam que esses escolhidos do texto não são a Igreja, mas os judeus.
Meso-tribulacionista:
Nessa posição interpretativa é defendido que a Igreja será arrebatada no meio da Grande Tribulação. Para defender essa posição os meso-tribulacionistas usam os textos de 1Co 15.52 e Ap 11.15, associando a última trombeta do arrebatamento de 1Co 15.22 com a sétima trombeta de Apocalipse. Mas a última trombeta de 1Co 15.22 não se refere a sétima trombeta do Apocalipse, mas a trombeta da redenção, que na lei de Moisés, era a última de um período de 49 anos, que ocorria no jubileu judaico, conforme lemos em Lv 25.8-10: “Também contará sete sábados de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias de sete sábados de anos serão quarenta e nove anos. Então, no décimo dia do sétimo mês, farás soar fortemente a trombeta; no dia da expiação fareis soar a trombeta por toda a vossa terra. E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus habitantes; ano de jubileu será para vós; pois tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família”. O ano do jubileu judaico corresponde ao momento do arrebatamento da igreja por significar a REDENÇÃO daqueles que por suas dívidas se tornaram escravos. Já no arrebatamento ocorre a transformação do corpo dos salvos para herdarem o Reino de Deus. Essa transformação física é a conclusão da obra da salvação do Evangelho que nos agraciando com o Espírito Santo garante a ressurreição incorruptível dos nossos corpos (Rm 8.11, 23; 2Co 5.1-5; Ef 1.13, 14). No arrebatamento ocorre a redenção do corpo dos salvos por isso se relacionar com a redenção do jubileu em que havia o grandioso toque da trombeta do fim de uma geração.

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