terça-feira, 1 de novembro de 2016

Exegese de Fp 2.5-11 – As duas formas de Cristo: forma de Deus=Deus; forma de servo=homem


Numa tradução direta do grego lemos em Fp 2.5-11:

“Tenham o mesmo pensamento que houve também em Cristo Jesus,
‘que em forma de Deus existia\não considerou usurpação ser igual a Deus\mas se esvaziando a si mesmo\tomando a forma de servo, sendo feito a semelhança dos homens e a achado na condição externa de homem\a si mesmo se humilhou sendo obediente até a morte, e morte de cruz.\Por isso também Deus a ele exaltou de modo muito elevado\e lhe deu O nome, o Nome que está acima de todos os nomes,\para que pelo nomem de Jesus todo joelho dobre-se nos céus e sobre a terra e nas regiões inferiores\e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus pai’”.

O texto bíblico acima no original está na forma poética porque tem desde muito tempo tinha uma característica de uma antiga canção espiritual que Paulo aqui se vale para ensinar a igreja. É provável que tenha surgido de um profeta doutrinário passando a ser inserido nas igrejas como medida da fé ou padrão doutrinário (Rm 12.6b).

Mas queria destacar da passagem o contraste que existe entre as expressões “forma de Deus” e “forma de servo”, nelas as duas condições de Cristo são abordadas, a da eternidade e da que viveu aqui na terra.Forma de Deus é dado de modo suscito, mas a forma de servo é desenvolvida, em que ficamos sabendo que a forma de servo que Jesus tinha era de homem em toda sua expressão humana, diz isso para que notemos que Jesus não assumiu a posição de um ser mais elevado como a de um anjo. Depois dessa análise fica transparente que se a condição de homem de Jesus era perfeita como homem na sua forma de servo, então a forma de Deus o era também como Soberano Senhor, assim é inegável que forma de Deus é o mesmo que ser igual a Deus, como o versículo 5 diz, e que essa condição que não foi obtida por usurpação, mas por pura existência natural.

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