Dedicado
aos meus amigos Shaolin do Sul e Antônio.
O sentimento
profundo e envolvente que acomete muitas pessoas é tratado com muita
insensibilidade e pouco caso pelos cristãos mais intelectuais e diria até
cristãos mais pragmáticos ou práticos. Há pessoas que os sentimentos são mais
agudos e penetrantes na vida que nas outras. Sendo um poeta e “super-sensitivo”
da alma humana e por conhecer bem a nostalgia de modo intrínseco (por dentro e de
per si) e “ex-trínsecadamente” (externamente e com propriedade), e ao mesmo
tempo conhecendo a Deus, a Bíblia, e
ainda tendo a capacidade de ir até o inferno da sensibilidade humano-afetiva e,
pela graça de Deus, possuindo a capacidade de desse “inferno” trazer muitas
almas perdidas nos devaneios das nostalgias do mundo. Senti-me no dever de
tentar ajudar aos cristãos e pré-cristãos que se deixam envolver em crises de sentimentalismo,
romantismo e nostalgias deprimentes que mais escravizam que edificam.
Primeiro é
importante fazer com que os envolvidos com os sentimentos nostálgicos saibam
que você os entende do assunto. Sei o que é perder tempo ouvindo músicas para
tentar buscar imaginar cenas ou reviver cenas que nunca existiram. Pois só
assim ele dará atenção e acordará do sonho maldito que caiu e lhe respeitará
com alguém que por está na mesma empatia pode dizer algo relevante ou valioso
sobre o assunto que muitas vezes ele tenta esconder pela vergonha. Mas antes de
tudo saiba amigo que esses sentimentos nostálgicos não são saudáveis dentro do
cristianismo.
Nas gerações dos anos
50 e 60 os grandes homens de Deus não tiveram que enfrentar os sentimentos nostálgicos
agudos que acometeu as gerações vindouras, principalmente as dos anos 80, 90 e
2000. Os anos 80 são um tipo de somatório e fronteira das gerações passadas e
as da agora. Não é a toa que foi nos anos 80 que foi produzido o filme “De
volta para o futuro” que marcou toda a geração dos anos 80 e que aponta bem
essa zona fronteirística entre os anos 50 a 70 e o futuro. Pois bem os homens
de Deus que ainda vivam nos anos 60 e 70 quase não tiveram de enfrentar essa
crise de nostalgia que invade quase imperceptivelmente as pessoas mais velhas,
as coisas novas, novos atores, músicas e costumes são sem gosto quando não
buscam refletir os anos bons ou melhores, é o que parece passar pelas cabeças
das pessoas mais velhas. O sentimento nostálgico vindo de Elvis e Cia e os
Beatles e Cia devem ser tratados com mais cuidado pelos teólogos e estudantes
da Bíblia mais antenados com o mundo pelo Espírito Santo.
Os grupos ou movimentos do anos 50 a 80 estão de tal
forma enraizados na cultura pop musical e comportamental que é difícil não
existir pessoas afetadas e envolvidas de forma as vezes até dramática. E o mais
grave é que os grandes pensadores cristãos estão em falta. As falsas igrejas
não conseguindo combater eficientemente esses sentimentos mundanos findaram por
aderirem a eles, como vemos ou ouvimos as músicas tidas por Gospel que se
inspiram nas nostalgias do mundo e em suas músicas. Mas pela graça de Deus vou
procurar tratar do assunto começando por este artigo que é mais um diagnóstico que
o remédio completo.
Mas indo de modo
direto e econômico a solução do problema, aconselharia a você que sofre de
nostalgias do mundo, seja por músicas, filmes... a buscar substituir esses
sentimentos terrenos pelos sentimentos profundos e verdadeiros do Espírito
Santo, Paulo disse: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma
consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito e se algum entranháveis
afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o
mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.1, 2). Assim, existe
no cristianismo sentimentos mais profundos e genuínos, diga-se, exatamente
porque são espirituais e penetram a eternidade. O escritor de Hebreus fala do
cristão experimentar os poderes do mundo vindouro (6.5), em 1Co 2.9-14, lemos: “Mas,
como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não
subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas
Deus NO-LAS REVELOU pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do
homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do
mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que
nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas
espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas
do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque
elas se discernem espiritualmente”. Notem que Paulo diz que as coisas
maravilhosas que não subiram ao coração dos homens pela grandiosidade que
possuem nos são dadas a conhecer agora, e não apenas no futuro eterno. Jesus é
vivo e o seu Espírito vive no coração do cristão genuíno e não pode deixar o
crente à deriva e com inveja ou carentes de sentimentos mundanos. Falta a essa
nova geração de crentes a busca pelo poder de Deus que está em seus corações, é
preciso que leiam Ef 1.16-21 e apliquem esse texto em suas vidas. Ele fala que
o poder que temos no coração é o mesmo poder que ressuscitou a Cristo e o fez
assentar nas alturas. É o poder e os sentimentos do Espírito Santo que se precisam
ser resgatados pelos cristão hodiernos (atuais). Mas em muitos casos esses
cristão de hoje são apenas nominais, não possuem o Espírito Santo dentro de
seus corações. Nada sabem do testemunho do Espírito em no espírito do
verdadeiro crente (Rm 16.16), ignoram a vida de vitória sobre o pecado do
verdadeiro crente (Rm 8.2; 1Jo 3.9). São infelizmente pseudo-cristãos, vivendo uma
vida cristã de mentira. Sendo mais atores, interpretando o papel de um cristão,
que de fato um verdadeiro servo e serva de Deus. É lamentável.
É preciso, pois, um
envolvimento profundo com a oração, a Bíblia e a igreja para expulsar esses
sentimentos mundanos. Precisam não se conformar com este mundo, mas renovar a
mente pelo Espírito Santo (Rm 12.2; Tt 3.5).
É triste vermos
pessoas em bares buscando na embriaguez um modo de aliviar suas dores
nostálgicas, que na verdade só podem terminar se forem a Cristo ou a morte. Não
há outra opção: ou Cristo ou morrer para se livrar desses sentimentos mundanos
profundos, que são na verdade aspirações, sonhos impossíveis, coisas que na
verdade se rementem e só encontram eco nas coisas de Deus. Essas pessoas
envolvidas com tais sentimentos falsos e impossíveis serão eternas frustradas,
correndo atrás de algo que não existe ou nunca existirá. Mas Cristo disse que
nele se encontra e verdade, e na verdade cristã a genuína libertação (Jo 8.32-36).
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