sábado, 13 de outubro de 2012

A nostalgia ou saudade humana e os poderes do mundo vindouro.


Dedicado aos meus amigos Shaolin do Sul e Antônio.

O sentimento profundo e envolvente que acomete muitas pessoas é tratado com muita insensibilidade e pouco caso pelos cristãos mais intelectuais e diria até cristãos mais pragmáticos ou práticos. Há pessoas que os sentimentos são mais agudos e penetrantes na vida que nas outras. Sendo um poeta e “super-sensitivo” da alma humana e por conhecer bem a nostalgia de modo intrínseco (por dentro e de per si) e “ex-trínsecadamente” (externamente e com propriedade), e ao mesmo tempo conhecendo a Deus, a Bíblia,  e ainda tendo a capacidade de ir até o inferno da sensibilidade humano-afetiva e, pela graça de Deus, possuindo a capacidade de desse “inferno” trazer muitas almas perdidas nos devaneios das nostalgias do mundo. Senti-me no dever de tentar ajudar aos cristãos e pré-cristãos que se deixam envolver em crises de sentimentalismo, romantismo e nostalgias deprimentes que mais escravizam que edificam.
Primeiro é importante fazer com que os envolvidos com os sentimentos nostálgicos saibam que você os entende do assunto. Sei o que é perder tempo ouvindo músicas para tentar buscar imaginar cenas ou reviver cenas que nunca existiram. Pois só assim ele dará atenção e acordará do sonho maldito que caiu e lhe respeitará com alguém que por está na mesma empatia pode dizer algo relevante ou valioso sobre o assunto que muitas vezes ele tenta esconder pela vergonha. Mas antes de tudo saiba amigo que esses sentimentos nostálgicos não são saudáveis dentro do cristianismo.
Nas gerações dos anos 50 e 60 os grandes homens de Deus não tiveram que enfrentar os sentimentos nostálgicos agudos que acometeu as gerações vindouras, principalmente as dos anos 80, 90 e 2000. Os anos 80 são um tipo de somatório e fronteira das gerações passadas e as da agora. Não é a toa que foi nos anos 80 que foi produzido o filme “De volta para o futuro” que marcou toda a geração dos anos 80 e que aponta bem essa zona fronteirística entre os anos 50 a 70 e o futuro. Pois bem os homens de Deus que ainda vivam nos anos 60 e 70 quase não tiveram de enfrentar essa crise de nostalgia que invade quase imperceptivelmente as pessoas mais velhas, as coisas novas, novos atores, músicas e costumes são sem gosto quando não buscam refletir os anos bons ou melhores, é o que parece passar pelas cabeças das pessoas mais velhas. O sentimento nostálgico vindo de Elvis e Cia e os Beatles e Cia devem ser tratados com mais cuidado pelos teólogos e estudantes da Bíblia mais antenados com o mundo pelo Espírito Santo.
Os grupos  ou movimentos do anos 50 a 80 estão de tal forma enraizados na cultura pop musical e comportamental que é difícil não existir pessoas afetadas e envolvidas de forma as vezes até dramática. E o mais grave é que os grandes pensadores cristãos estão em falta. As falsas igrejas não conseguindo combater eficientemente esses sentimentos mundanos findaram por aderirem a eles, como vemos ou ouvimos as músicas tidas por Gospel que se inspiram nas nostalgias do mundo e em suas músicas. Mas pela graça de Deus vou procurar tratar do assunto começando por este artigo que é mais um diagnóstico que o remédio completo.
Mas indo de modo direto e econômico a solução do problema, aconselharia a você que sofre de nostalgias do mundo, seja por músicas, filmes... a buscar substituir esses sentimentos terrenos pelos sentimentos profundos e verdadeiros do Espírito Santo, Paulo disse: “Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito e se algum entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.1, 2). Assim, existe no cristianismo sentimentos mais profundos e genuínos, diga-se, exatamente porque são espirituais e penetram a eternidade. O escritor de Hebreus fala do cristão experimentar os poderes do mundo vindouro (6.5), em 1Co 2.9-14, lemos: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus NO-LAS REVELOU pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. Notem que Paulo diz que as coisas maravilhosas que não subiram ao coração dos homens pela grandiosidade que possuem nos são dadas a conhecer agora, e não apenas no futuro eterno. Jesus é vivo e o seu Espírito vive no coração do cristão genuíno e não pode deixar o crente à deriva e com inveja ou carentes de sentimentos mundanos. Falta a essa nova geração de crentes a busca pelo poder de Deus que está em seus corações, é preciso que leiam Ef 1.16-21 e apliquem esse texto em suas vidas. Ele fala que o poder que temos no coração é o mesmo poder que ressuscitou a Cristo e o fez assentar nas alturas. É o poder e os sentimentos do Espírito Santo que se precisam ser resgatados pelos cristão hodiernos (atuais). Mas em muitos casos esses cristão de hoje são apenas nominais, não possuem o Espírito Santo dentro de seus corações. Nada sabem do testemunho do Espírito em no espírito do verdadeiro crente (Rm 16.16), ignoram a vida de vitória sobre o pecado do verdadeiro crente (Rm 8.2; 1Jo 3.9). São infelizmente pseudo-cristãos, vivendo uma vida cristã de mentira. Sendo mais atores, interpretando o papel de um cristão, que de fato um verdadeiro servo e serva de Deus. É lamentável.
É preciso, pois, um envolvimento profundo com a oração, a Bíblia e a igreja para expulsar esses sentimentos mundanos. Precisam não se conformar com este mundo, mas renovar a mente pelo Espírito Santo (Rm 12.2; Tt 3.5).
É triste vermos pessoas em bares buscando na embriaguez um modo de aliviar suas dores nostálgicas, que na verdade só podem terminar se forem a Cristo ou a morte. Não há outra opção: ou Cristo ou morrer para se livrar desses sentimentos mundanos profundos, que são na verdade aspirações, sonhos impossíveis, coisas que na verdade se rementem e só encontram eco nas coisas de Deus. Essas pessoas envolvidas com tais sentimentos falsos e impossíveis serão eternas frustradas, correndo atrás de algo que não existe ou nunca existirá. Mas Cristo disse que nele se encontra e verdade, e na verdade cristã a genuína libertação (Jo 8.32-36).

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