sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Frases Vivas de Luiz Sousa

Frases Vivas de Luiz Sousa
“A ressurreição de Cristo é tão singular que surpreendemente o diabo e os que ele usa não coseguiram dizer que outro personagem de detaque em matéria de religião também ressuscitou. É, pois, impressionante que o Islamismo não afirmou isso sobre Maomé, ou o Budismo sobre Buda, eassim sucessivamente também referente ao espiritismo, hiduísmo, etc. Os cristãos deveriam perceber a importância da ressurreição de Cristo. Não é mais pregada, não é desenvolvida ou aplicada na vida cotidiana. Sabendo que foi essa a mensagem básica da Igreja primitiva é hora de revermos nossas pregações. Foi por conta disso que trabalhei numa lição bíblica específica sobre a ressurreição dos mortos (veja em anexo)”.

Anexo:
A Ressurreição dos Mortos

Texto Bíblico Temático
“sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nEle, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem pela fé; para conhecê-lo, E O PODER DA SUA RESSURREIÇÃO e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo possa chegar à ressurreição dos mortos” (Fp 3.8-11)

Introdução
O princípio da ressurreição dos mortos é um dos pontos mais negligenciados pela Igreja. Por muito tempo esse foi o princípio fundamental que moveu a Igreja primitiva. A ênfase da Igreja primitiva era a ressurreição, por ela a bênção da justificação foi concedida (Rm 4.24). A intercessão eterna de Cristo, que é a base da salvação eterna, também foi concedida por ela (Hb 5.5-9; 7.23-25). O batismo no Espírito Santo também deriva da ressurreição de Cristo (At 2.32,33), bem como o julgamento final (At 17.30,31).
Mas muitos, à semelhança de Maria, irmã de Lázaro, julgam que os privilégios da ressurreição de Cristo se restringem apenas ao futuro (Jo 11.24,25).
Queremos nesta lição mostrar que aqueles que de fato se arrependeram e creram são pessoas espiritualmente ressuscitadas, dotadas de um poder fabuloso em seus corações que as capacitam para viver uma vida extraordinária nesse mundo.
É o despertar desse poder espiritual no genuíno crente que fará sua vida cristã ser como Deus quer, e não como a cristandade aprendeu e se acomodou em sua teologia humana e filosófica.

a) A ressurreição da carne.
A ressurreição de Cristo é o ponto chave de todo o cristianismo. É a partir dela que todo o ensino cristão ganha sentido. O apóstolo Paulo mostra muito bem isso no capítulo 15 da Primeira carta aos Coríntios.
Haverá dois tipos de ressurreição: uma para os justos, chamada de ressurreição da vida (Jo 5.29), e a outra para os ímpios, chamada de ressurreição do juízo (Jo 5.29).
Muitos questionam se será possível que de fato todos ressuscitem, já que os corpos humanos acabam por se misturarem, durante as diversas transformações da matéria. Mas devemos entender que um pequenino pó de um corpo de uma pessoa já é mais do que suficiente para que Deus ressuscite tal pessoa. Se de apenas uma célula os cientistas conseguem clonar um corpo, quanto mais não pode Aquele que do nada fez tudo!
Alguns também ensinam o batismo pelos mortos (os mórmons), uma heresia que afirma a salvação das pessoas que já morreram por meio do batismo nas águas feito por uma pessoa viva. O texto bíblico que usam para confirmar isso é 1Co 15.29, que diz: “De outra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por que então se batizam por eles?”. Mas esse texto certamente se refere àqueles que se convertiam por verem o martírio dos cristãos, pois viam que eles criam numa futura ressurreição, já que não temiam a morte.
Segundo 1Co 15.45, o primeiro Adão tornou-se alma vivente, enquanto o último Adão, Jesus, tornou-se espírito vivificante. A expressão “espírito vivificante” significa que o Espírito de Cristo ressuscitará a semelhança de Jesus a todo aquele que verdadeiramente se arrependeu e creu em Cristo (Rm 8.9,11). O primeiro Adão, criado a semelhança de Deus recebeu uma alma imortal, mas os cristãos foram criados a imagem de Cristo (Ef 2.10), recebendo um Espírito que dia à dia nos conduz a incorruptibilidade (2Co 3.18; 4.16-5.5; Cl 3.10). Ser criado a imagem de Jesus que tinha corpo, alma e espírito nos dá a oportunidade de sermos feito semelhantes a Ele em todas essas partes. Quando o primeiro Adão foi criado à imagem de Deus, não pôde receber um corpo semelhante ao de Deus, porque Deus não possuía um corpo, era espírito, de modo que apenas recebeu um espírito que tornou sua alma imortal. Mas agora, nós recebemos um espírito à semelhança do homem Jesus ressuscitado, por isso temos a esperança da ressurreição incorruptível da carne.

b) A ressurreição espiritual.
A ressurreição de Cristo, além de nos dar a certeza do perdão dos pecados e da justificação (Rm 4.25), também ilustra o que ocorre conosco espiritualmente por um tipo de identificação ou imitação. Paulo diz em Romanos 6.3-5: “Ou, porventura, ignoreis que todos quantos são batizados em Cristo Jesus são batizados em sua morte Fomos, pois, sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a Ele na semelhança da sua morte, certamente também seremos na semelhança da sua ressurreição”. Tal verdade vemos em Ef 2.1,5, 6, onde encontramos as expressões “ressuscitar juntamente com Cristo” e “vivificar juntamente com Cristo” usadas alternadamente como sinônimas.
Quando cremos em Cristo, recebemos o perdão dos pecados, e seu Espírito vem habitar dentro dos nossos corações, transmitindo-nos a vida espiritual, a comunhão com Deus, que o Apóstolo João chama de Vida Eterna, e define como o conhecimento pessoal de Deus em Cristo (Jo 17.3). Essa comunhão com Deus é um tipo de ressurreição ou vivificação que nos garante a ressurreição da carne. Em João capítulo 6, fica claro que todo aquele que crê em Cristo tem a vida eterna e ressuscitará no último dia (40, 54), ou seja, a vida eterna ou essa comunhão com o Espírito Santo nos conduz à ressurreição final (Rm 8.11, 23; Ef 1.13). Ora, essa vida eterna é a nossa união com o Espírito de Cristo, é o que significa a expressão “em Cristo” tão comum no Novo Testamento. É exatamente nessa união com o Espírito de Cristo que temos o divino poder da vida de ressurreição para termos tudo o que diz respeito à vida e à piedade (2Pe 1.3), para assim, vencermos o pecado. Fomos regenerados na ressurreição de Cristo para que nos tornássemos participantes da natureza de divina, sendo por isso livres da corrupção que pela concupiscência existe no mundo (1Pe 1.3 e 2Pe 1.4). Como se pode notar, estamos diante de várias expressões semelhantes, que se entrelaçam para ficar bem claro que Cristo realmente venceu o pecado tanto nEle quanto em nós.
Toda a exortação de Colossenses capítulo 3 depende do primeiro versículo: ”Portanto se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está assentado a direita de Deus”.

c) Poder para vencer o pecado.
Romanos 8.2 declara que a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livra da lei do pecado e da morte. No capítulo anterior, o 7, Paulo diz que o homem sem o Espírito de Cristo não pode cumprir os mandamentos de Deus por causa da lei do pecado e da morte. O homem sem o Espírito é carnal e vendido ao pecado (Rm 7.14). Mas em Cristo somos livres do pecado (Jo 8.34-36), graças à presença do Espírito Santo em nós. Portanto, quem tem o Espírito de Cristo NÃO PECARÁ (2Tm 2.19-21; 1Jo 3.9). A única frase em grego que eu gosto de citar para traduzir simultaneamente é a de 1Jo 3.9:

pas ho guegueneménos ek tu Thiu harmartia u poiei (pronúncia erasmiana)
todo o que foi e é gerado de Deus pecado não pratica

A tradução mais precisa de 1Jo 3.9 seria: “todo o que nasceu (e assim é) de Deus não peca”. Não existe nada de “não vive pecando” ou “pecando habitualmente”, como querem os ministros e mestres de Satanás (2Tm 4.3). Deus quer que não pecamos (1Jo 2.1), e Jesus veio para nos dar liberdade do pecado, e não para pecar (Jo 8.11,21-44; Rm 8.2; 1Jo 3.1-6).
Existem dois textos que aparentemente criam uma discrepância bíblica com 1Jo 3.9. O primeiro é 1Jo 1.8 que diz “Se dissermos que não temos o pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. Mas nesse versículo o que João está afirmando é que a natureza pecaminosa ainda existe em nós. O engano se dá porque a expressão “não temos pecado” de algumas traduções se assemelha a uma expressão verbal, mas no original “pecado” é um substantivo, por isso a necessidade de se inserir o artigo “o” na tradução, como acima foi feito, desse modo, em vez de se ler “não temos pecado” deveria ser “não temos o pecado”, ou seja, não podemos dizer que não temos a natureza pecaminosa. No entanto, tal natureza é combatida pela nova natureza que recebemos de Deus (Rm 8.2; 1Jo 3.9).
Já o outro texto, o de 1Jo 1.10, que diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”, mas a expressão “que não temos cometido pecado” está no tempo passado. O apóstolo João está apenas lembrando que todos nós fomos pecadores, não podemos dizer que não temos cometido pecado, exatamente para nos levar a ser misericordiosos para com os demais, já que o perdão dos pecados é para todo o mundo e não apenas para nós (1Jo 2.2; Tt 3.2-5).
João é muito claro ao dizer que escrevia para que os cristãos não pecassem (1Jo 2.1). Esses textos, pois, estão sendo interpretados pela natureza pecaminosa, e não pelo Espírito Santo.

d) O espírito pronto.
Boa parte dos cristãos se encontram enganados pelo pecado. Apesar de estarem com o espírito pronto se deixam levar pela fraqueza da carne por falta de alguém que os exorte a sair desse engano para viverem a vida cristã proposta por Deus. O grande problema, como diz Hb 3.13, é que esse engano do pecado endurece o coração, obrigando a Deus a corrigi-los (Hb 12.1-7). Ter o espírito pronto é ter o Espírito de Deus dentro dele, tornando-nos verdadeiramente em Cristãos e a cada dia nos conduzindo a imagem de Cristo (2Co 3.18).
Quando Jesus falou que a carne era fraca, Ele o disse no contexto de “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). O que Cristo estava dizendo aos seus discípulos é que apesar de estarem com os espíritos preparados para receberem o Espírito Santo, a natureza pecaminosa poderia os levar a fraquejar, por isso deveriam vigiar e orar para não cair em tentação. Ora, nós agora já temos o Espírito Santo, nossos espíritos estão capacitados para sempre vencer. Portanto, devemos mortificar todo o vestígio do mal e obedecer todos os ensinos de Cristo (Cl 3.5; Tg 1.21, 22; 1Pe 2.1, 2; Mt 28.20). Vivamos em plena novidade de vida. As chances de cairmos em tentação serão mínimas se vigiarmos. Se nos livrarmos das tentações, as chances de pecar serão reduzidas à zero. Oremos para que descubramos o poder que há em nós (Ef 1.15-21).

e) Descobrindo o poder da ressurreição de Cristo.
Paulo em Ef 1.15-21 nos exorta para que oremos a Deus, a fim de que Ele nos dê a revelação do pleno conhecimento dEle, para que tenhamos iluminados os olhos da nossa mente para sabermos três coisas: Em primeiro lugar, a nossa esperança do chamamento, que é a celestial, para que a busquemos e ajamos com essa percepção celestial (Cl 3.1; Mt 6.19-21). Em segundo, qual a riqueza da sua glória da sua herança nos santos, para não nos desalentarmos nas lutas (2Co 4.16-18). E em terceiro, qual a suprema grandeza do seu poder para os que crêem, segundo a eficácia da força do seu poder, o qual exerceu Ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa nomear não só deste século, mas também do vindouro. É esse poder que temos. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo. Basta orarmos para que tomemos ciência dele e vivermos a vida cristã que Deus propôs para que vivêssemos.

f) Indo ao santo dos santos.
Um outro modo de se buscar esse poder da vida de ressurreição é pela comunhão que temos com o Espírito Santo. Todo cristão genuíno deve sempre está em contato com o Espírito Santo em seu espírito. Deus está através dEle dentro de nós. É impressionante como a grande maioria dos cristãos vive a orar como se Deus estive atrás do espaço sideral, estando a bilhões de anos luz da Terra. É comum vermos pessoas dizendo que suas orações não passaram do telhado, como se, ao orarmos, nossas orações fossem a Deus como que percorrendo um caminho até chegar a sua presença. Irmãos, nossas orações são mais para dentro do que para fora. A glória de Deus está dentro de nós. Ela não tem, como no Antigo Testamento, de vir lá do terceiro céu. Quando um culto, por exemplo, se enche da presença de Deus, podem ter certeza que isso ocorreu a partir dos nossos corações.
Precisamos exercitar esta forma de entrarmos em contato com Deus. Jesus disse em Jo 4.23:
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
E praticamente explicando esta afirmação, falando a mesma coisa em outras palavras, também disse em Jo 5.24,25:
“Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”
Adorar a Deus em espírito e em verdade é ter o Espírito Santo em nossos corações. Não precisando mais de simbolismos ou formas externas para que Deus entre em contato conosco. Deus está perto para os não-crentes para lhes dá a salvação (Rm 10.6-13), mas, para nós, Ele está mais perto de nós do que nós mesmos (Mt 28.20; Jo 14.15-20; Ef 2.13-18).
É a partir desse contato com Deus dentro de nós, que descobriremos o poder da vida de ressurreição. Portanto, sigamos a exortação de Paulo: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10). De nada adianta tomarmos toda a armadura de Deus, se não estivermos fortalecidos dentro dela (Ef 6.10-17).
Expressões como “andar no Espírito” (Gl 5.16) ou “renovar no espírito da mente” (Ef 4.23) significam se conscientizar da presença do Espírito Santo em nós. Só viveremos em plena santidade se mortificarmos o pecado pelo Espírito Santo em nós (Rm 8.13), para isso basta sermos guiados por Ele (Rm 8.14), que seria estarmos acordados, em “contato” com a comunhão do Espírito Santo, desfrutando dessa comunhão.

Conclusão
A ressurreição dos mortos é a base do cristianismo, assim como a prova de que o pecado estava no mundo antes da lei de Moisés era a morte (Rm 5.13, 14), a ressurreição de Cristo é a prova da remissão dos pecados (Rm 4.25).

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