quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A expulsão de demônios verdadeira.

A Expulsão de Demônios Verdadeira (ENSAIO)
Por incrível que pareça não encontramos no mercado editorial bíblico nenhuma obra que trate deste assunto. Há muitas denominações evangélicas que vivem da expulsão de demônios, este passa a ser o centro do culto ou reunião, que impressiona os leigos e desavisados, fazendo-os pensar que estão diante de uma manifestação demoníaca que confere ao pastor que conduz a sessão de exorcismo, bem como a entrevista com o demônio, autoridade sobre os espíritos do mal. Pura conversa! Pura ilusão! Tapeação!
As hostes das trevas há muito estão enganando as pessoas, seja pastores, seja leigos, todos ignoram os ardis do diabo e seus anjos. E eu estou por aqui... com diabo e seus anjos. CHEGA!
A expulsão de demônio das seitas universal do reino de deus, deus é amor, internacional da graça e toda essa gama de seitas neopentecostais são inferiores aos da macumba e do espiritismo, que pelo menos fazem o exorcismo de graça, e sabem diagnosticar quando o problema é psíquico e não de ordem espiritual. Mas ao falar não pensem que estou dando apoio a esses outros exorcismos. De modo algum!
Este trabalho visa explicar com base nas Escrituras a verdadeira expulsão de demônio, que sempre glorifica a Jesus, sua obra, seu sacrifício, e não ao homem ou a alguma denominação interesseira.

A expulsão de demônios pelo Evangelho
A primeira coisa que devemos saber sobre a expulsão de demônios bíblica, e que desmascara de imediato os que vêm sendo praticado por muitas denominações, é que ele está diretamente vinculado a pregação do Evangelho, o contexto da passagem principal que trata na Bíblia sobre este assunto é muito clara, vejamo-la então:

“E disse-lhes (Jesus): Ide por todo mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E esses sinais acompanharão aos eu crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e estes serão curados” (Marcos 16.15-18).

Assim, nota-se que o carro-chefe de tudo o que é dito nessa passagem é encabeçada pela pregação do Evangelho. A grande maioria dos atuais expulsões de demônios ignora a mensagem do Evangelho. E o qual é a mensagem do Evangelho? Trata-se da mensagem do perdão em Cristo que nos possibilita a recebermos o Espírito Santo, nos tornando em novas criaturas em Cristo Jesus (Ef 1.13; Rm 1.16; 1Co 1.17, 18, 21, 24, 30; 2.4; 6.11; 2Ts 2.13). Exatamente porque a expulsão de demônio verdadeira busca impossibilitar a volta do demônio, que segundo Jesus, piora a situação da vítima do demônio, já que ao voltar, o demônio vem mais com mais sete espíritos piores do que ele, como lê em Lucas 11.24-26:

“Ora, havendo o espírito imundo saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso; e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E chegando, acha-a varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro”.

Portanto, se a expulsão de demônios não for definitiva, é melhor que não seja feita. E ela só será definitiva, isto é, sem possibilidade do demônio voltar, se o Evangelho for anunciado para que a pessoa receba o Espírito Santo que impossibilitará a entrada do demônio, já que Ele após entrar pelo Evangelho se apossará do nosso corpo até a volta de Cristo (Ef 1.13; Rm 8.), daí a Bíblia dizer que o crente no Evangelho é templo do Espírito Santo (1Co 6.17; 1Co 3.16), ou seja, o Espírito passará a ser o dono do nosso corpo, porque fomos comprados pelo sangue de Jesus (1Co 6.17, 18; 1Pe 1.18, 19), passando a ser propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9; Tt 2.14), sendo a habitação do Espírito Santo a garantia dessa compra adquirida a ser plenamente efetivada na ressurreição (Ef 1.13; 4.30; Rm 8.23).
Jesus ao expulsar os demônios impossibilitava deles voltarem, lemos em Mc 9.25: “E Jesus, vendo que a multidão, correndo, se aglomerava, repreendeu o espírito imundo, dizendo: espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele, e nunca mais entres nele”. Porque sabia que a expulsão dos demônios deveria impossibilitar o retorno do espírito imundo.

Expulsando os demônios em nome de Jesus, e não pelo nome Jesus
É preciso se observar também que a maioria das atuais expulsões de demônios são feita usando o nome “Jesus”, por uma má compreensão do que o texto de Marcos 16.15-16 significa. Expulsar os demônios em nome de Jesus é fazê-lo na sua pessoa, ou seja, estando em comunhão com Ele pelo seu Espírito. Se alguém não tem o Espírito de Cristo não pode repelir verdadeiramente os demônios dos endemoniados. A frase “Eu de repreendo em nome de Jesus” apesar de glorificar a Cristo (Mc 9.38, 39), não significa que de fato houve verdadeiramente a expulsão dos demônios (Mt 7.22). Mas a verdadeira expulsão de demônios vem pela crente no Evangelho, o genuíno salvo, que tem o Espírito de Cristo habitando em seu coração. Pode-se até nem sequer mencionar a frase, porque na verdade a expulsão dos demônios é feita pela nossa vida em Cristo. É o crente em Jesus que repele os espíritos imundos. Observe que em At 28.3-6 Paulo é mordido por uma serpente e nada lhe acontece, sem que ele tenha invocado o nome de Jesus, como alguns pensam que o texto de Marcos 16.15-18 afirma. O mesmo ocorre na cura do coxo de At 14.9, 10, onde Paulo curou o homem sem citar o nome de Jesus.

A oração e o jejum na expulsão de demônios
O texto de Mt 17.19-21 registra que os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular e perguntaram-lhe por que não puderam expulsar certo demônio de um rapaz, ao que Jesus respondeu que foi por causa da pouca fé dos discípulos, acrescentando que aquela “casta de demônios não se expulsa senão a força de oração e jejum”. No entanto, esse acréscimo não aparece nos mais antigos manuscritos do Novo Testamento grego. Nota-se que realmente a passagem fica confusa com esse acréscimo, ficando com duas respostas sobre o porquê dos discípulos não puder expulsar o demônio. Mas, partindo da minha antítese sobre os manuscritos gregos do Novo Testamento (ver antítese dos manuscritos do Novo Testamento grego), não julgo que o jejum seja de todo descartado na obra de libertação do poder das trevas. O jejum é um recurso próprio que o homem de Deus pode usar para sinalizar sua consagração a Deus. Jesus se consagrou ao seu ministério de modo único com os quarentas dias que ficou sem comer, era necessário essa consagração única porque Cristo iria comer e beber com os homens para melhor interagir com os homens ao contrário de João Batista (Mt 11.18,19), fez isso por sabedoria para mostrar que Deus de todos os modos tentou ajudar aqueles judeus orgulhosos a receberem o Evangelho. No caso, Jesus se humilhou dando a entender que era um homem sem disciplina e austeridade ministerial. Mas sabemos que Jesus era dedicado e esmerado no seu ministério. Sabia fazer a obra de Deus com sabedoria e critérios fixos, que quebrava apenas por seu amor ou por ver lições para a posteridade (Compare Mt 10.5, 6 com Mt 15.21-28).
O jejum único de Jesus serviu para capacitá-lo ao seu combate ao diabo e as forças das trevas. Recomendo a todo ministro de Cristo que jejum, de modo único, uma vez por mês, uma vez por ano, todo sexta-feira, enfim, o critério é Deus, na Pessoa do Espírito Santo, quem lhe dará (Rm 8.14).
O próprio Jesus não expulsava os demônios por seu próprio poder, já que por conta de sua encarnação Ele se esvaziou de seus atributos divinos (Fp 2.5). Em seu ministério terreno Jesus operava por meio do Espírito Santo (At 10.38), incluindo as expulsões de demônios (Mt 12.38), por conta disso, os discípulos também expulsavam os demônios durante o ministério terreno de Jesus por extensão de sua unção. Mas depois da ressurreição, Jesus recebeu todo o poder no Céu e na terra (Mt 28.20), tendo então repassado esse poder a sua igreja.
Obviamente que o incidente de Mt 17.14-21 que Jesus recomendou a oração e o jejum se deu nas fronteiras do Antigo e do Novo Testamento. Após sua morte e vitória na cruz Jesus repassou seu poder a sua Igreja, qualquer crente verdadeiro tem poder sobre todo o poder do inimigo, mas no quesito livre-arbítrio precisa trabalhar na intercessão, o que explico agora.

Sobre o jejum e a oração
Apesar de Jesus ter falado do jejum e oração para expulsar demônios antes do estabelecimento do Novo Testamento, que se deu em sua ressurreição. Creio que a oração e o jejum podem ser usadas sim para ajudar na expulsão de demônios, principalmente naqueles casos em que a pessoa que é endemoniada quer ser assim. Nestes casos, o demônio não pode ser expulso, já que Deus em respeito ao livre-arbítrio da pessoa não poderá livrá-la da influência maligna. Mas se outra pessoa, usando seu livre-arbítrio, orar em intercessão por esta que não quer se livrar do espírito maligno conseguirá que o livre-arbítrio da pessoa que não quer se livrar do demônio seja anulado pelo livre-arbítrio do intercessor.

CONTINUA

5 comentários:

  1. Quero expressar minha alegria em ter a oportunidade de acompanhar suas exposições singulares da Escritura, que Deus abençoe....
    Pr.Diego Bruno

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  2. O prazer é meu em ter o pastor fazendo suas considerações.

    Luiz Sousa em Cristo etenamente.

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  3. Olá!
    Com todo o respeito, o senhor possui o espirito santo em sua vida?
    Toda pregação da palavra de Deus, só é verdadeira por meio de sua própria presença! O HOMEM CARNAL não pode entender as coisas epirituais e Jesus nos dá através de oração e santificação o discernimento daquilo que povem de Deus ou não! A VERDADE! Se creê no Deus pai, creio que deves orar mais antes e pedir direção do espirito santo para que só seja dito e feito o que provem de Deus! centro espirita e umbanda é obra do espirito santo??? eu não direi nada aqui, mas ore melhor a respeito, ANTES DO JULGAMENTO FINAL. Acredito que sua intenção seja a melhor, mas aceite isso como de Deus ao seu coração. Aos que tiverem ouvidos que ouçam e os que tiverem sabedoria entendam! Glória a Deus!

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  4. Meus Parabens amado. Este assunto tem que ser mais divulgado para os irmãos em Cristo tenham mais esclarecimento sobre tal assunto. Que Deus o abençoe. A Paz de Cristo.
    Pr. Rodrigo

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  5. Texto muito bem redigido.
    Por ser Católico me valho também como fonte de consulta o Ritualle Romanum.

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