quarta-feira, 9 de novembro de 2022

A inspiração da Bíblia e a Trindade

A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA e a Trindade A própria Bíblia define sua inspiração em 2Tm 3.16, 17, vejamos: “Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para o ensino, para repreensão, para correção, para disciplina na justiça; que bem preparado o homem de Deus seja bem qualificado para toda boa obra”. (Tradução direta do original grego). A expressão “divinamente inspirada” em grego é uma única palavra “THEÓPNEUSTOS” que ocorre apenas aqui em todo o Novo Testamento grego.Sim A etimologia de TEÓPNEUSTOS vem da aglutinação de dois vocábulos: THEÓS e PNEUMA (espírito) ou PNÉO (soprar). Em que THEÓS é Deus e PNEUMA é vento ou espírito, tendo seu cognato verbal em PNÉO (soprar). THEÓPNEUSTOS assim poderia significar: “Deus-soprado” ou “Deus-respirado”. Havendo assim uma direta ligação entre a ideia de Deus e do Espírito ou de Deus e do vento. Estabelecendo uma análise sob o ponto de vista “teológico-exegético” cheguei a conclusão que “Deus” e “Espírito” estão em uma unidade vocabular para refletir a ideia trinitária que Deus-Pai e Deus-Espírito” são em certo sentido próprio Logos da Pessoa divina de Jesus Cristo. Seria numa licença “poética-teológica” um vocábulo que estabelece entre Deus-Pai e Deus-Espírito uma unidade de similaridade com o que Jesus disse dEle e seu Pai em João 10.30: “Eu e o Pai somos um só”. Desse modo o Deus-Pai e Deus-Espírito são um só na conexão com Jesus Cristo, o Verbo ou a Palavra de Deus. THEÓPNEUSTOS (Inspirada ou soprada por Deus) é a influência especial do Espírito Santo (conforme 2Pe 1.21) na vida dos homens santos que os qualificava e capacitava a fazer um registro acurado da verdade divina sobre a vontade de Deus para os homens. Partindo de alguns dados da Bíblia Dake, vale também dizer: O propósito da inspiração é assegurar a verdade e unidade nos registros sagrados, e não a igualdade de palavras ou afirmações. Assim, a inspiração supervisiona a comunicação e o registro dessas verdades. Temos exemplos de inspiração sem revelação em Lc 1.1-4 em que Lucas é inspirado em seu registro partindo de informações colhidas de testemunhas. Já com João em Apocalipse temos um exemplo de inspiração com revelação, enquanto em 1Pe 1.10, 11 encontramos um exemplo de inspiração sem iluminação, em que lemos sobre os profetas: “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir”. Já em 1Co 2.12-14 temos um exemplo de inspiração em que se incluem revelação e iluminação ao mesmo tempo, pois Paulo afirma: “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando coisas espirituais com espirituais”. Nessa passagem também podemos inferir que os cristãos são dotados do mesmo Espírito que inspirou os autores das Escrituras para capacitá-los para a adequada interpretação.

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