quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Rsclarecendo as línguas espirituais

Esclarecendo as línguas espírituais Uma das grandes dúvidas com relação as línguas espírituais é como saber quando elas são autênticas, se não são invenções de um tipo de comportamento psíquico. Para acabar com as dúvidas a principal coisa é termos a plena certeza de nossa salvação pela fé no evangelho, que é a base do batismo no Espírito Santo com evidência no falar as novas línguas (Mc 16.16-17). A sinceridade é outro ponto importante. Ter sempre reverência e não brincar de imitar as línguas e se aperceber das sensações do poder de Deus nessa experiência. Mas a base da certeza se as línguas são verdadeiras é a nossa convicção da salvação pela fé no evangelho pelo testemunho do Espírito em nosso espírito (Rm 8.16). As línguas do espírito não são idiomas humanos, Paulo diz em 1Co 14.3 que quem as fala, fala a Deus e não aos homens. O incidente em Atos em que as línguas foram compreendidas pelo judeus foi na verdade um outro milagre que Deus realizou para confirmar a descida do Espírito Santo. O argumento que as línguas do Espírito eram idiomas concedidos pelo Espírito Santo para facilitar o evangelismo não tem sentido, pois na época apostólica o idioma grego sendo conhecido pela maioria das pessoas tornava desnecessário aprender novos idiomas. O texto sempre utilizado pelo antipentecostais de 1Co 12.13 não fala do batismo no Espírito Santo, mas no batismo no corpo de Cristo, ou seja na Igreja (comp. com Gl 3. 25- 28). Em Marcos 16 é dito que os discípulos falariam NOVAS línguas, indicando que não se tratavam de idiomas daqui da terra, se fosse idiomas Jesus teria dito apenas que eles falariam "outras" línguas. Contrastando com o ide ao mundo o sentido é de línguas de outra esfera. Em Atos 2 como já disse Lucas usa dois termos gregos para línguas, mostrando que havia dois tipos de línguas no contexto de Atos 2, uma que os 120 falavam e outra que os judeus escutavam. Quando os 120 falavam ao mesmo tempo os judeus de várias idiomas diferentes entendiam, o que mostra que eles falavam uma língua que estava sendo interpretadas para várias outras ao mesmo tempo. A palavra grega traduzida por "novas" é KAINÓS e aparece em muitas passagens bíblicas com o sentido fora dessa vida, em Mc 14.25 Jesus fala de beber vinho novo (do outro mundo), em Lc 22.20 fala da nova aliança em Cristo, Gl 6.15 diz da nova criatura, Ap 21.2 da nova Jerusalém, Ap 21.1 de novo céu e nova terra. KAINÓS no Novo Testamento grego tem sempre o sentido de novo na acepção de inédito, isso é indiscutível; assim novas línguas em Mc 16 são línguas inéditas. E repito em Atos 2 duas palavras são usadas para se referir a línguas, isso porque dois tipos de línguas são tratadas ali. E todas as passagens que falam de KAINÓS o sentido é novo na acepção de algo inédito. Até mesmo nas passagens que falam dos odres novos para vinhos novos o sentido é esse, odres que nunca foram usados, únicos. As ocorrência onde KAINÓS é usado em coisas do outro mundo são indiscutíveis, dou-lhes as referências: Mt 26.29; Mc 14. 25; 2Co 5. 17; Gl 6. 15; Ef 2. 15; 4. 24; 2Pe 3. 13; Ap 2. 17; 3. 12; 5. 9; 14. 3; 21. 1, 2 e 5. Outro detalhe importante é o termo grego usado em At 2.4 que fala que os discípulos falavam em outras línguas pelo Espírito é HÉTEROS que significa "outro" diferente e não "outro" igual que seria o termo grego ÁLLOS. Qual a necessidade de falar em outro idioma numa igreja que todos falam a mesma língua? Por isso que não tem sentido dizer que em 1Co 14 as línguas eram idiomas. Eles falavam uma língua voltada pra Deus na adoração, oração e louvor. 1Co 14.3 diz que as línguas são dirigidas a Deus e não aos homens; mesmo quando interpretadas ainda serão dirigidas a Deus, como At 2 mostrou que os discípulos glorificavam a Deus. Outro detalhe que nocauteia de vez a idéia que as línguas são idiomas em 1Co 14 é fato de Paulo dizer que quem ora, fala e canta em línguas o faz melhor, que meu espírito o faz bem (1Co 14.14), não teria lógica dizer que eu orar em outro idioma faria bem a meu espírito a não ser que essa língua fosse espiritual.

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