quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Tertuliano e a Trindade

Tertuliano e a Trindade Tertuliano um pai da igreja (155-220 d.C.) é mais conhecido como aquele que primeiramente usou a termo Trindade para falar das pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Em uma obra escrita por ele, não só usou a palavra "Trindade", mas também "pessoa" e "substância" para explicar a doutrina da Trindade ao refutar o ensino unicista, que diz ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo são a mesma pessoa (sabelianismo e modalismos são termos sinônimos dessa mesma heresia). Tertuliano escreveu em latim e por isso devemos entender que sua crença na Trindade já derivava da igreja apostólica que usou inicialmente o grego para pregar o evangelho. Alguns antitrinitários, não conseguindo negar que Tertuliano cria na Trindade, têm dito, contudo, que ele não cria na doutrina que posteriormente foi formulada nos concílios eclesiásticos que se sucederam (Niceia, Constatinopla), e argumentam que Tertuliano usou os termos "pessoa" e "substância" num sentido jurídico e não metafísico. Para justificar isso limitam-se a citar o comentário de um historiador moderno, Justo L. González. Mas esse comentário desse historiador se apoia no fato de Tertuliano ser advogado. Ora, apesar de Tertuliano ser advogado, ele estava escrevendo uma obra metafísica, o assunto era teológico, e nada no texto indica essa suposição. Outros antitrinitários tem dito que Tertuliano cria numa Trindade diferente da que hoje abraçamos. Dizem que Tertuliano acreditava que Jesus era um Deus derivado e não co-eterno com Deus-Pai. Mas na verdade, Tertuliano apenas usava uma ilustração para explicar a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Usar sua explicação ilustrativa como definição perfeita do eterna unicidade de Deus em suas pessoas é muito apelativo. Curioso é que esses mesmos argumentos são usados pelas Testemunhas de jeová, os unicistas e a nova heresia da unidade absoluta de Deus.

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