quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Pv 16.4

Explicando Provérbios 16.4 com outros assuntos que contestam os calvinistas. Pv 16.4 diz "O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o impío para o dia mal". Esse texto é usado para defender o ensino da predestinação calvinista, mas ele não está de forma alguma apontando para esses conceitos. O ponto do versículo é que Deus fez tudo para atender seus desígnios, e dentre eles poderíamos citar a criação do homem para que sendo sua imagem, conforme sua semelhança, tivesse um arbítrio e muitas outras verdades que frontalmente negariam o calvinismo. Dizer que a até o ímpio foi criado por Deus, não está falando necessariamente de sua impiedade, mas do próprio homem que se tornou ímpio, e que nessa condição efetivada pelo próprio homem, no uso de seu arbítrio, Deus ainda consegue realizar seus desígnios. Vejamos o caso de Faraó, Deus cumpriu seus planos de ser engrandecido pelas pragas do Egito pela obstinação desse homem em não permitir o povo de Israel sair do Egito. O arbítrio de Faraó foi respeitado por Deus, em nenhum momento Deus mudou a vontade de Faraó, chegou mesmo a fortaleçe-la esdurecendo seus sentimentos humanos para que sua vontade prevalecesse mesmo vendo todo o sofrimento do seu povo por conta de sua decisão de não deixar o povo de Israel sair do Egito. Dia mal para o ímpio é o resultado estabelecido por Deus para todo o que não obedece suas leis, não tem nada de predestinação fatalista, mas das consequências propostas por Deus e sua justiça para castigar aqueles que o desobedessem. Vejam o caso do dia da ira de Deus, chamada de grande tribulação, será para os ímpios e não para seu povo que será arrebatado antes desse período, porque como diz Pedro "O Senhor sabe livrar da provação os piedosos, e reservar para os injustos o dia do juízo para serem castigados" (2Pe 2.9). Portanto, não há nenhum indicativo de predestinação calvinista nesse texto de Pedro, da mesma forma como também não há em Provérbios 16.4.

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