quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Perseverança dos santos

Perseverança na santidade. O ensino da perseverança dos santos deveria ser visto mais como uma capacidade dada por Deus de não pecarmos e não se envolver com as paixões mundanas do que um direito de não perdermos a salvação. Os calvinistas enxergam esse ensino por esse prisma de promessa, mas o crente em Jesus, que tem uma nova natureza, participante da divina, pelo Espírito Santo, sabe que tem nisso, nessa nova vida dada por Deus, a liberdade do pecado e que é exatamente por isso que sabe que não mais voltará para o mundo. É no novo nascimento que o ensino da perseverança dos santos deve ter sua base e não numa promessa de não se perder. Quem é vencido pelas paixões mundanas de 2Pe 2.17-20 é porque não participa da natureza divina de 1Pe 1.3,4, sendo mais do que vencedor sobre o pecado pela graça de Deus em Cristo Jesus. Devemos desconfiar de pessoas que reafirmam perseverança dos santos para justificar seus deslizes. Um crente verdadeiro deve ser muito mais combativo contra o pecado e o mundanismo do que um arminiano que parece o tempo todo lembrar esse ensino porque precisa assegurar sua salvação. Não é por medo de perdermos a salvação que combatemos o pecado, mas porque nascemos de novo. A prova para o anabatista que sua salvação era eterna vinha por causa da recusa de negar o cristianismo mesmo sob tortura, queimaduras e afogamento. A perseverança em seguir a Cristo mesmo nas mais terríveis adversidades era o sinal da perseverança de Jesus como chama Apocalipse 1.9. Textos como 1Jo 3.9 "Quem é nascido de Deus não comete pecado, porque a semente de Deus permanece nele, e ele não pode pecar, porque é nascido de Deus" e 2Pe 1.3, 4 "visto que o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude, pelas quais Ele nos tem comunicado as suas preciosas e mil grandes promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção que há no mundo por sua concupiscência" são os textos que comprovam a perseverança dos santos e não um ditado de "uma vez salvo, salvo para sempre!", que mais parece uma chancela para pecar.

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